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Ambição pessoal não pode sobrepor-se a salvar democracia norte-americana, diz Biden
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a “ambição pessoal” não pode sobrepor-se a “salvar a democracia” norte-americana, nas primeiras declarações proferidas para explicar a decisão de pôr fim à campanha de reeleição.
“Acredito que o meu historial como Presidente, a minha liderança no mundo e a minha visão para o futuro dos Estados Unidos justificariam um segundo mandato, mas nada pode interferir no caminho de salvar a nossa democracia. Isso inclui a ambição pessoal”, disse o dirigente num discurso à nação, na quarta-feira, a partir da Sala Oval da Casa Branca.
No discurso de 11 minutos, Biden disse que os Estados Unidos estão num “ponto de viragem” – uma frase recorrente nos discursos que tem feito – e que nas últimas semanas ficou claro que é necessário unir o Partido Democrata.
Esta foi a primeira aparição de Biden desde que anunciou, numa carta dirigida ao povo norte-americano, no domingo, que ia colocar um ponto final à campanha para a reeleição nas eleições de 05 de Novembro.
Pouco depois de divulgar a carta, o Presidente pediu, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter) que votassem na vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, que já garantiu o apoio necessário para ser a candidata democrata e enfrentar nas urnas o ex-presidente e candidato Republicano Donald Trump.
Nunca antes um candidato presidencial se retirou da corrida tão perto das eleições. O Presidente Lyndon Johnson (1963-1969) anunciou em março de 1968 que não se recandidataria, mas fê-lo quando as primárias do partido ainda estavam a começar.
A decisão de Biden foi tomada quando as primárias já tinham terminado e a pouco mais de três meses das eleições.
Apoio de Obama
O antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não terá ainda apoiado a candidatura de Kamala Harris por não acreditar que ela seja capaz de vencer Donald Trump.
A informação é avançada ao NY Post por uma fonte próxima da família de Joe Biden.
A mesma pessoa refere que as expetativas em relação a um debate que ponha frente a frente Kamala e Trump são muito baixas. “Esperem até ao debate… Ela não sabe debater. Vai meter os pés pelas mãos sobre Israel, Palestina, Ucrânia. Ela vai dizer coisas muito estúpidas”, acrescenta, revelando que Obama apoiava a desistência de Biden, mas não contava que este endereçasse de imediato o seu apoio a Kamala.
O NY Post refere que tentou entrar em contacto com a Casa Branca para obter uma reação a estas declarações, sem que uma resposta lhe fosse dada.
Fox News pede debate
A estação Fox News enviou quarta-feira convites às campanhas da democrata Kamala Harris e do republicano Donald Trump para a realização de um debate em 17 de Setembro, tendo em vista as presidenciais de novembro nos Estados Unidos.
De acordo com o ‘site’ de notícias Politico, a estação conservadora enviou convites para ambas as campanhas participarem no debate, que está provisoriamente programado para ocorrer apenas uma semana após um debate proposto para 10 de setembro pela ABC News, no qual tanto o Presidente Joe Biden como Trump se comprometeram a participar, antes de o democrata ter desistido corrida.
Com agências internacionais