Bastidores
Alvaro Sobrinho marca presença no lançamento da ONG de Rafeal Marques
O antigo presidente do BES Angola, Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho, marcou presença no lançamento no passado dia 22 de janeiro, em Luanda, do UFOLO – Centro de Estudos para a Boa Governação, uma ONG, liderado pelo activista e jornalista de investigação, Rafael Marques.
A presença de Alvaro Sobrinho no colóquio “Juventude em Acção”, que ficou marcado com o lançamento do Centro de Estudos para a Boa Governação, é entendida em sectores da sociedade civil, como sendo a aproximação de Sobrinho a organizações que no passado eram críticos ao executivo liderado pelo ex-presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Considerado um dos banqueiros mais rico da lusofonia, Alvaro sobrinho, é citado em meios do regime, como sendo o responsável pela atribuição de um Escritório para as instalações da nova ONG de Rafael Marques no Edifícios da ESCOM (Espírito Santo Commerce), em Luanda.
Recorde-se que, Marques, sugeriu durante o colóquio, a criação de incentivos fiscais a empresas que assumam a filantropia.
“Os ricos angolanos, todos aqueles que, de uma ou outra, beneficiaram dos recursos deste país têm o dever de contribuir para que tenhamos uma sociedade mais proativa, sairemos todos a ganhar com uma sociedade que seja capaz de defender os interesses da soberania e dos cidadãos”, enfatizou Marques diante de uma plateia constítuida por jovens.
Álvaro Sobrinho fez carreira no mundo dos negócios pela mão de Ricardo Salgado. Começou no BES como diretor e chegou a presidente executivo do BES Angola, em 2001, onde ficou até outubro de 2012. Neste cargo, o banqueiro tornou o banco num verdadeiro pipeline por onde passaram milhares de milhões de euros em créditos obscuros. “Como é costume nestes casos, as auditorias internas do BES não indicavam problemas na filial angolana, os acionistas locais (generais Kopelipa e Leopoldino do Nascimento, entre outros) não se queixavam de nada e a consultora KPMG nunca soou alarmes. O BESA recebia prémios internacionais”, observou Jorge Costa num artigo no Esquerda.net.