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Altas figuras do Estado e do MPLA “apadrinharam” a Mega burla milionária

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Altos dirigentes angolanos, entre governantes e partidários são citados como guardiões dos cidadãos expatriados, da República da Tailândia, detidos pelo SIC no Sábado, 3, numa das unidades hoteleiras de Luanda, sob suspeita de burla e falsificação de documentos.

Fontes deste jornal informam que os cidadãos expatriados, de nacionalidade tailandesa e um subchefe do Gabinete de intercâmbio da Polícia Nacional, já detidos pela Polícia Nacional, tiveram o apoio total de individualidades influentes na manobra administrativa do País, mormente o General do Exercito e chefe estado-maior, Sachipengo Nunda, Norberto Garcia, recentemente promovido a secretário para informação do “Bureau” Político do MPLA, Dino Matross, actual secretário das relações exteriores do Partido liderado por José Eduardo dos Santos,General das FAA reformado, José Arsénio Manuel, antigo logístico das FAA e sócio do projecto habitacional “Jardim de Rosas”, sito na zona da Camama, em Luanda e Belarmino Van-Dúnem Director do APIEX.

A ESTRATÉGIA DA BURLA MILIONÁRIA

Consta que tudo terá começado no dia três de Dezembro de 2017 quando um grupo de supostos empresários tailandeses abordou, por intermédio de Norberto Garcia e Belarmino Van-Dúnem, outras figuras influentes do Estado angolano no sentido de um investimento avaliado em cerca de 50 mil milhões de dólares. Para isso, os empresários terão, de imediato, preparado um cheque de um banco tailandês demonstrando a existência deste valor e anexado ao mesmo várias fotografias com altas figuras angolanas e divulgar para atrair incautos investidores e deles obter valores para eventuais parcerias tendo com isto burlado um cidadão canadiano, um eritreu e um chinês e alguns empresários em Luanda, Benguela e Cuanza Sul.

No entanto, a par dos cheques e das fotografias ilustrativa dos encontros, o grupo falsificou a assinatura do Vice Presidente da República, Bornito de Sousa, numa carta convite para os mesmos.

A rede de indivíduos, segundo fonte policial, tentava de forma fraudulenta, negociar uma operação de financiamento internacional de 50 mil milhões de dólares, propostos por uma empresa tailandesa e destinada a varios projectos em Angola.  Segundo uma fonte que acompanha este doseur, desabafou ao Correio da Kianda dizendo mesmo que “a ambição desmedida dos nossos dirigente pelo dinheiro facil, cegou-lhes, ao ponto de não dar conta que estavam a ser envolvidos numa mega operação de burla ao Estado angolano.

Para ver essa pretensão realizada e garantida a parte dos dirigentes angolanos envolvidos no negócio, Dino Matross, secretário para relações exteriores e membro influente no seio dos camaradas, terá feito pressão junto da presidência da República para que o PR, João Lourenço, os recebesse. Este último terá também movido influencias  junto do Governador do Banco Nacional de Angola, Massano Júnior, a simplificar e ter como prioridade aquele caso, transferindo, neste sentido, os dez porcento do valor em causa.

O Correio da Kianda sabe que durante o tempo que o negócio foi sendo desenhado o grupo de tailandeses ficou hospedado em suites presidenciais, no luxuoso hotel Epic Sana, em Luanda, pagos pelo General Arsénio que, na verdade, constitui-se no principal “abre portas”. Os mesmos circulavam em carros protocolares, motoristas, batedores e guardas, tudo isto sob responsabilidade do chefe estado maior do exercito, General Sachipengo Nunda.

Refere-se que nas instituições onde o grupo encontrasse alguma dificuldade em termos de acesso pediam e recebiam ajuda de Norberto Garcia da UTIP e Belarmino Van-Dúnem da APIEX.

Os encontros entre as partes foram sendo realizados no hotel da hospedagem, tal como ilustram fotos tiradas pelos mesmos. O Correio sabe, por outro lado, que os expatriados e o agente da polícia envolvido bem como a empresária intermediaria já foram detidos e apresentados em conferencia de imprensa mas as autoridades tudo fazem para que os dirigentes citados como sendo os padrinhos da operação não sejam chamados em tribunal e para que os nomes não sejam mediatizados no escândalo de mais um acto de corrupção e lavagem de dinheiro.

Por outro lado, a fonte indica que a Polícia realizou buscas e apreensões no Hotel e encontrou numa das malas dos tailandês um cheque de 99 bilhões de dólares.

O Correio da Kianda sabe que, a maior parte das figuras acima referidas foram constituídas arquidas no processo e foi pedido o levantamento das imunidades.

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