Com 33 por cento dos votos, a CDU de Merkel bateu folgadamente os sociais-democratas do SPD liderados por Martin Schulz, antigo Presidente do Parlamento Europeu, que, com 20,5 por cento, ficou muito longe dos números que lhe permitiriam impedir o 4º mandato da chanceler, vendo ainda a extrema-direita – a Alternativa para a Alemanha – a chegar aos 86 deputados e aos 13 por cento dos votos, sendo esta a primeira vez que a direita radical alemã chega ao Parlamento em mais de meio século.

A Alternativa para a Alemanha, que se apresenta com propostas claramente xenófobas, anti-imigrantes e anti-União Europeia, conquistou o 3º lugar, embora a surpresa seja relativa, tendo em conta as sondagens e uma clara viragem à direita no eleitorado alemão, onde a própria CDU de Merkel, na área da democracia cristã, perdeu votos e obteve o pior resultado de entre as três vitórias que antecederam estas eleições.

A CDU tinha obtido 41 por cento nas anteriores eleições e os sociais-democratas do SPD conseguiram mais 5 por cento há quaro anos, quando os 60 milhões de eleitores mostraram ter menos dúvidas do que aquelas que no Domingo inclinaram a Alemanha para a direita xenófoba.

Os dirigentes da “Alternativa” não perderam tempo e, impulsionados por este bol resultado, vieram a terreiro dizer que querem agora “recuperar o país para os alemães” e que vão fazer “marcação cerrada” a Angela Merkel, especialmente quanto a sua muito elogiada e benigna política para a imigração tanto na Alemanha como nas instituições europeias.

A Alemanha, apesar de não estar na linha da frente dos países europeus que mais investem no relacionamento mediático com Angola, tem, ao longo dos anos, mantido um relacionamento de cooperação intenso, como o provam as linhas de crédito abertas com Luanda, especialmente a de 2011, no valor de quase 1,8 mil milhões de dólares.

E há ainda outra linha de crédito, de 2016, no valor de quase 450 milhões de dólares, com o grupo alemão KfW IPEX-Bank, especializado no financiamento de exportações da indústria europeia.