Ala brasileira assume representatividade da IURD Angola

A ala brasileira da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola parece ter vencido a longa disputa pela liderança dos mais de 200 mil fiéis em Angola e voltada a assumir a gestão das centenas de templos em todo o país.

Esta quinta-feira, 20, o bispo Alberto Segunda, ligado ao fundador da denominação religiosa, Edir Macedo, foi recebido em audiência pelo governador provincial de Luanda, Manuel Homem, num encontro onde estiveram sobre a mesa a “dimensão social pastoral, projectos de reintegração com jovens mulheres e a pacificação das almas”, segundo comunicado do GPL.

Há um mês, o ministro da Cultura e do Turismo, Filipe Zau, disse que o fim do litígio dependia única e exclusivamente de um entendimento entre os bispos Alberto Segunda e Bizerra Luís, ambos angolanos.

Reconhecida em Angola desde 1992, as divergências internas da IURD Angola arrastam-se desde 2019 e culminaram na separação da igreja em duas alas, reclamando ambas a designação IURD Angola: uma, ligada ao Brasil, actualmente liderada pelo bispo angolano, Alberto Segunda, e outra, formada pela ala angolana dissidente, dirigida por Bizerra Luís, reconhecida pelo governo angolano, através do Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos (INAR) como representante legítima.

Em declarações ao Correio da Kianda, Alberto Segunda confirmou que “Caso IURD” foi encerrado em Dezembro do ano passado “quando o processo transitou em julgado”.

“Eu assumi a liderança em 2021 como manda os nossos estatutos e regulamentos internos. Por isso tenho legitimidade para representar a Igreja Universal em Angola”, argumentou, informando que, entretanto, boa pare dos templos religiosos permanecem encerrados.

Da ala angolana, o Correio da Kianda tentou contactar a sua Direcção, mas não fomos atendidos.