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Al-Sisi é reeleito no Egipto com mais de 92% dos votos
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi foi reeleito com mais de 92% dos votos para um novo mandato, de acordo com as primeiras estimativas divulgadas pela imprensa estatal nesta quinta-feira (29), mas o índice de participação de apenas 40% diminui sua legitimidade.
Quase 23 milhões de pessoas de um total de 60 milhões de eleitores compareceram às urnas para votar na eleição organizada entre segunda-feira (26) e quarta-feira (28), informaram os jornais Al-Ahram e Akhbar al-Yaum, assim como a agência oficial Mena.
De acordo com o Al-Ahram, além dos 23 milhões de eleitores com votos válidos, outros dois milhões anularam seus votos, com os nomes de candidatos que não estavam na disputa.
Sisi era considerado o vitorioso antes mesmo da eleição. Ele teve apenas um adversário na disputa: Moussa Mostafa Moussa, um empresário de 65 anos, desconhecido da população em geral e simpatizante do presidente, que obteve apenas 3% dos votos, de acordo com as estimativas do Al-Ahram.
Na quarta-feira (28) à noite, Moussa anunciou sua derrota, após a divulgação dos primeiros resultados parciais.
O empresário, líder do minúsculo partido liberal Al-Ghad, virou candidato um pouco antes do fim do prazo para a apresentação de candidaturas, evitando assim uma disputa com apenas um nome.
Al-Sisi, ex-comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, destituiu o único presidente egípcio democraticamente eleito – o islamita Mohamed Morsi – após grandes protestos em 2013, e venceu a eleição de 2014 com 96,9% dos votos.
A taxa de participação este ano ficou próxima de 40%, segundo a imprensa, apesar dos apelos do primeiro-ministro Sherif Ismail. Em 2014, o índice chegou a 37% em dois dias de votação e alcançou 47,5% após a prorrogação por mais um dia.
Os eleitores sem uma razão considerada válida para não votar devem pagar uma multa de 500 libras egípcias (22 euros), advertiu a Comissão Eleitoral.