Economia
AIA pede calma na implementação de sementes modificadas na produção de alimentos
O Presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, alertou esta quarta-feira, 22, que se tenha calma na implementação das sementes modificadas, na produção de bens alimentares.
José Severino entende que existem cuidados que devem ser observados na utilização das sementes geneticamente modificadas. Numa primeira fase deve-se começar a ser implementado no algodão a fim de recuperar os níveis de produção na indústria têxtil.
A Associação Industrial de Angola, na voz do seu presidente, é a favor do uso das sementes germinadas, mas adverte que são necessárias condições de avaliação, inspecção e correcção dos solos.
Severino entende que numa primeira fase deve-se começar com as sementes de algodão.
“Eu começaria logo com algodão. Embora a semente seja de facto um produto alimentar, mas não é (para usar) já… depois de dois anos pode. Nós precisamos de algodão. Sempre produzimos algodão. Fomos sétimo produtor mundial. Temos três grandes têxteis, não há algodão. Aí seria o primeiro passo. No alimento directo, muito cuidado”, advertiu.
Já o director do Serviço Nacional de Sementes, Augusto Caetano, disse que o grupo técnico que trabalha na recolha de contribuições sobre o uso ou não de sementes germinadas em Angola, vai continuar a aprimorar as respostas obtidas no encontro desta quarta-feira, em Luanda.
O responsável reconhece que o país tem um défice muito alto de cereais, por isso, houve a necessidade de se olhar para o lado da produção agrícola feita pelos empresários do sector, com vista a sua preservação.
Realizou-se nesta quarta-feira um encontro entre o Ministério da Agricultura e Florestas e os empresários do sector, que serviu para a recolha de contribuições sobre a autorização do uso das sementes geneticamente modificadas.