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Economia

Agricultura familiar pode ganhar maior competitividade

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A produção agrícola no país poderá ganhar, em breve, maior competitividade e concomitantemente melhorar a situação económica e social das famílias que vivem em zonas agrárias.

A garantia consta de um acordo assinado esta segunda-feira, em Luanda, entre o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) e a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), com vista aumentar a produção, produtividade e competitividade da agricultura e a melhoria da situação económica e social da população do meio rural e que vivem dependem da agricultura.

O referido acordo está enquadrado nas várias linhas de financiamento do FADA com apoio de empresas do sector petrolífero no quadro da sua responsabilidade social.

A Presidente do Conselho de Administração do FADA, Felisbela Francisco, considerou a agricultura familiar como sendo um pilar fundamental para o desenvolvimento económico e social do país e que desempenha um papel significativo na redução das importações, na criação de emprego e no reforço da segurança alimentar.

“Dados recentes indicam que mais de 80% dos alimentos que chegam à mesa dos angolanos provêm do subsector da agricultura familiar e o FADA, na qualidade de instituição financeira não bancária e no âmbito das suas atribuições, tem potenciado com recursos financeiros, sob forma de créditos bonificados, todas as acções viradas ao desenvolvimento da agricultura familiar, através de 8 linhas de financiamento, com realce para a linha de apoio à produção, a linha de apoio ao Investimento, a linha de apoio à comercialização e a linha de apoio às caixas comunitárias”, disse.

A responsável avançou que até 31 Agosto de 2024, o FADA financiou 2. 743 projectos, distribuídos pelas 18 províncias, avaliados em Kz 23,867 mil milhões de Kwanzas.

Feslisbela Francisco anunciou ainda estar em curso o Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar, também designado OSI YETU, no quadro da melhoria da sustentabilidade e a diversificação económica do País.

Por sua vez, o PCA da ANPG, Paulino Jerónimo, disse que apesar de as duas instituições terem vocações diferentes, elas convergem quanto à implementação de políticas gizadas pelo Executivo, visto que tem como finalidade o contributo “para o fomento de projectos integrados, parcerias técnico-profissional e a capacitação de técnicos”, explicou.

A cerimónia de assinatura do acordo foi testemunhada pelos responsáveis das empresas petrolíferas que operam no país.

O Director Geral da Total Energy, Martin Deffontaines, lembrou que nos mais de 70 anos desde a sua instalação em Angola, a empresa atingiu marcos importantes, com destaque para o bloco 3, através do qual fez a primeira descoberta de petróleo em onshore e também do bloco 17 que descobriu petróleo nas águas profundas.

“No bloco 48 batemos um recorde mundial de profundidade, com um poço de 3.600 metros, e comprometemo-nos a lançar projectos sociais. Estamos muito satisfeitos que, graças à gestão do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás e a ANPG, esta operação beneficie algumas comunidades angolanas e, em particular, o desenvolvimento agrícola através do FADA”, anunciou.

Radio Correio Kianda

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