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Sociedade

Agente do SIC preso em flagrante ao tentar extorquir 80 mil kwanzas a taxista

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Um agente da terceira classe do Serviço de Investigação Criminal (SIC) corre o risco de ser afastado da corporação, depois de ter sido apanhado e preso em flagrante delito ao tentar extorquir 80 mil kwanzas de um taxista.

O facto começou na Via Expresso quando um taxista, que percorria o troço Kilamba-Benfica, foi interpelado por um agente, e acusado de cometer uma infração económica por encurtamento da rota. Após confrontar o taxista com alegada infração, o terceiro Subchefe do SIC, citado pela RNA, apreendeu a viatura e exigiu que, para libertar o automóvel, o taxista teria que pagar, no local, a quantia de 80 mil kwanzas como valor da multa aplicável a suposta infração económica.

Diante da exigência do efectivo do SIC, que responde pelo nome de Fernando António Filipe, de 38 anos de idade, o taxista apressou-se a informar ao patrão, proprietário da viatura de táxi, que, por sua vez, fez a denúncia a Call Center da IGAE. Na sequência desta denúncia, o terceiro Subchefe do SIC foi apanhado em flagrante por inspectores da IGAE, da Polícia Nacional e do SIC.

Ao reagir a esta situação, o director de queixas e denúncia da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), Frederico Jamba Lima, que reprova categoricamente o acto praticado pelo agente, esclareceu que o pagamento de multas obedece a formalidades próprias e quando alguém tentar violar o regulamento é sancionado com um processo criminal e disciplinar, que pode resultar na sua expulsão da corporação.

“O agente de 3ªclasse identificado por Fernando António Filipe, de 38 anos de idade, a extorquir 80 mil kwanzas ao denunciante por alegada prática de uma infração económica, o que motivou a sua detenção em flagrante delito. O acto é ilegal porque o pagamento de multas obedece a formalidades próprias e a conduta deste agente do SIC viola o regulamento disciplinar daquele órgão tendo como consequência a sanção criminal e disciplinar. No local, em função da competência material, o referido agente foi entregue aos técnicos do SIC que o encaminharam a Direcção-Geral, a fim de ser presente ao Magistério Público, para legalização da detenção e providenciar o seu julgamento sumário”, esclareceu, apelando à população a denunciar tais práticas ilegais por meio do número 119 Call Center da IGAE.

“A Inspeção Geral da Administração do Estado reitera aos cidadãos que se sentirem amordaçados por práticas similares a esta, a não se coibirem de denunciá-las ao número 119 Call Center da IGAE, para dar o devido tratamento”, encorajou.

Por Pedro Kididi 




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