Agente do SIC embriagado dispara contra sobrinha durante convívio familiar em Benguela

Um agente do Serviço de Investigação Criminal, na província de Benguela, foi detido acusado de disparar contra a sua própria sobrinha e outro individuo durante um convívio festivo familiar.

Segundo o Serviço de Investigação Criminal, a detenção ocorreu no âmbito do trabalho que aquele órgão da Polícia Nacional tem vindo a realizar no quadro da estratégia de pureza interna do Órgão, mediante denúncia e em coordenação operativa com a PNA.

A detenção do indivíduo, de acordo com o SIC, ocorreu na sexta-feira, 17 de Janeiro, no bairro Bela Vista Alta, e o detido é um efectivo colocado no Departamento de Combate aos Crimes contra às pessoas, do SIC Benguela.

O agente em causa é acusado do crime de agressão física, consubstanciado em “disparos de arma de fogo, do tipo pistola, em que foram atingidos dois cidadãos nacionais, um estudante e vizinho de 29 anos, na coxa direita e uma farmacêutica, de 25 anos, por sinal sua sobrinha, na região glútea”.

Entretanto, garante que as duas vítimas apresentaram feridas de entrada e saída, sem provocar fracturas nos ossos.

“Referir que os cidadãos alvejados foram socorridos minutos depois pelo autor dos disparos, que os transportou com a sua viatura para o Hospital Geral de Benguela, onde recebem tratamento médico”, lê-se no documento a que o Correio da Kianda teve acesso.

A nota refere ainda que os factos ocorrem num convívio familiar e por fortes indícios de embriaguez e sem razão aparente empunhou a arma e efectuou dois disparos.

“Diante da gravidade dos factos o oficial de 39 anos, recebeu ordem de Detenção e será presente ao Ministério Público para trâmites legais subsequentes”, esclarece, assegurando que foi igualmente instaurado um processo disciplinar através do qual serão tomadas as medidas que se impõem.

O SIC reafirma que a conduta dos seus efectivos deve ser sempre exemplar e actuação profissional, quer esteja em serviço ou na vida familiar, respeitando sempre os direitos e liberdades dos cidadãos, garantindo a sua segurança e do seu património, pois a violação destas regras é passível de sanções severas, que vão até a expulsão.