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África: número de elefantes caiu 86% em 30 anos

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O número de elefantes nas florestas africanas caiu mais de 86% nos últimos 31 anos, anunciou hoje a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), atribuindo a queda aos ataques humanos e à perda do seu ‘habitat’.

O relatório da UICN dá conta da existência de 415 mil elefantes nas savanas e florestas africanas, classificados como vulneráveis, apontando uma redução de 86% na população de elefantes da floresta nos últimos 31 anos e de uma queda de 60% nos últimos 50 anos entre os elefantes da savana, de acordo com o documento citado pela agência Associated Press.

“Vimos países como a República Centro-Africana, onde os atacantes tornaram-se bandidos, tornaram-se rebeldes e desestabilizaram todo o país”, afirmou o ministro da Água e Florestas do Gabão, Lee White, considerando que grande parte dos ataques e do tráfico de marfim é feito de forma transfronteiriça por sindicatos do crime.

“Oitenta a 90% do nosso marfim vai para a Nigéria e acaba por financiar o Boko Haram, por isso esta é mesmo uma guerra transfronteiriça contra o crime organizado e até contra o terrorismo”, acrescentou o governante.

A batalha para proteger os elefantes nas florestas do Gabão transformou-se numa autêntica guerra, vincou o ministro.

“Transformámos biólogos em guerreiros, transformámos pessoas que se juntaram para observar os elefantes e trabalhar na natureza, nos parques nacionais, em soldados que foram para a guerra para garantir a sobrevivência dos elefantes”, explicou.

Os elefantes na África subsaariana sofrerem um rude golpe com um pico nos ataques entre 2008 e 2012, nomeadamente no norte de Moçambique e no sul da Tanzânia, onde se estima que cerca de 100 mil elefantes de savana tenham sido mortos nesse período.

“Os elefantes africanos desempenham um papel fundamental nos ecossistemas, nas economias e na nossa imaginação colectiva em todo o mundo”, disse o director-geral da UICN, Bruno Oberle.

O responsável salientou que “com a procura persistente de marfim e as pressões humanas cada vez maiores em África, a preocupação com estes animais é grande”.

Por Lusa 

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