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África do Sul: concluídos 25 km de muro de combate à imigração ilegal na fronteira com Moçambique
Seis anos após o lançamento do projecto de construção do muro fronteiriço com Moçambique já concluiu 25 quilómetros da primeira fase, no âmbito do combate à imigração ilegal na fronteira comum com o país vizinho do Índico.
O objectivo é combater os crimes transfronteiriços, com destaque para a imigração ilegal por parte de cidadãos moçambicanos, noticiou nesta quinta-feira, o The Citizens, que cita o responsável provincial dos Transportes e membro da Comissão executiva do projecto em Kwazulu Natal, Siboniso Duma.
O projecto tem uma extensão de 160 quilômetros, e engloba 25 km de uma região vegetal no Nordeste da província de Kwazulu Natal.
Para a conclusão dos 25 km de muro, o governo Sul-africano gastou cerca 85 milhões de Rends equivalente a 5 milhões de Dólares (cerca de 4 milhões e 600 mil kwanzas).
Pelo menos 7,4Km de extensão da primeira fase de construção do muro da fronteira com Moçambique são dados como estando concluídos.
Desde o início das obras em 2018, várias são as irregularidades que se vêm relatando e denunciados. Para solucionar os problemas, foi criada a Unidade Especial de Investigação. Este organismo já foi chamado a intervir depois que o Departamento de Obras Públicas confirmou um relatório de um denunciante que alegava que 48 milhões Rands haviam sido pagos a dois empreiteiros para um traço de menos de um quilômetro do muro.
Uma divisão concreta entre Moçambique e África do Sul em KwaZulu-Natal (KZN) está se aproximando da conclusão.
Projectado para combater o crime, o projeto de barreira de fronteira pretende cobrir 25 km da região selvagem do nordeste de KZN.
Siboniso Duma assegurou que a primeira fase da obra será concluída no início de 2025, e se estende por 8 km entre o portão da fronteira na Baía de Kosi e o Parque dos Elefantes de Tembe.
Depois disso, a segunda fase cobre 8 km da área a oeste do Parque Pantanal iSimangaliso e a terceira fase liga o Rio Phongolo e a borda oeste do parque de elefantes com mais 9 km de concreto.
O Membro da Comissão Executiva garantiu, por outro lado, que na construção do muro as empresas envolvidas estão a ser cautelosas, de modos a preservar a biodiversidade das áreas úmidas sensíveis que cobrem o nordeste da província.
A construção do muro não obriga a República de Moçambique em dispender qualquer valor financeiros para custear os gastos.
Em 2023 o Presidente da África do Sul, Cyrill Ramaphosa criou a Autoridade de Gestão de Fronteiras (BMA, na sigla inglesa), como medida para combater a corrupção na fronteira e manter a integridade das fronteiras do país por entender que os desafios enfrentados nas fronteiras eram históricos e contemporâneos.