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África do Sul acusa Israel de genocídio em acção judicial no tribunal da ONU
Num documento de quase cinco mil páginas entregue ao Tribunal Superior das Nações Unidas na segunda-feira, 28, a equipa jurídica sul-africana acusa Israel de cometer genocídio contra palestinos em Gaza.
O documento, que o Tribunal Internacional de Justiça não tornará público até uma fase posterior do processo, apresenta o “argumento principal” de que Israel tem uma “intenção especial de cometer genocídio”, de acordo com uma declaração do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
No entanto, Israel negou veementemente as alegações, tendo o governo chamado o caso de “libelo de sangue” quando a África do Sul lançou a queixa em Dezembro de 2023.
O registo ocorre enquanto o exército israelita pede aos palestinos que evacuem o norte de Gaza, onde vem travando uma grande ofensiva há mais de três semanas.
A ONU disse no início deste mês que pelo menos 400.000 pessoas ainda estão no norte de Gaza e a fome é galopante, já que a quantidade de ajuda humanitária que chega ao norte despencou no último mês.
A África do Sul diz que Israel se recusou a obedecer. “A destruição contínua do direito internacional por Israel colocou em risco as instituições de governança global que foram estabelecidas para responsabilizar todos os estados”, disse a declaração do presidente.