Economia
Aeroportos do país movimentaram mais de 3,5 milhões de passageiros de 2017 a 2019
O ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu, disse nesta segunda-feira, 22, em Luanda, que os aeroportos do país, movimentaram de 2017 a 2019, mais de 3,5 milhões de passageiros, sendo que 68% deste número foi registado no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, um fluxo de passageiro que deverá aumentar com o Novo Aeroporto Internacional de Luanda, ainda em construção na comuna do Bom Jesus, afecto ao município do Icolo e Bengo.
Ricardo D’Abreu revelou estes dados durante o seu discurso de abertura do webinar que abordou o sector da aviação no contexto mundial e local, nesta segunda-feira, da qual participaram cerca de 300 entidades, 30 dos quais especialistas internacionais no sector da aeronáutica.
O ministro referiu ainda que o Novo Aeroporto Internacional de Luanda, em construção na comuna do Bom Jesus, a 44 KM da capital, poderá aumentar o fluxo de passageiros e se estabelecer como um ponto de apoio para estes fluxos. “E o Novo Aeroporto Internacional de Luanda (NAIL), uma vez concluído, será a plataforma necessária para acomodar o crescimento de longo prazo e a operação do almejado hub”, disse.
Outra situação que mereceu atenção do governante é a implementação do Acordo de Livre Comércio para o Continente Africano, em Janeiro último, que, no seu entender “irá proporcionar um incremento acentuado das trocas comerciais e a livre circulação de pessoas”, pelo que, “espera-se um efeito positivo no número de interconexões, no número de passageiros e nos volumes de carga aérea movimentados nos aeroportos”.
Lembrou ainda que 60% do tráfego para os países africanos é exercido, actualmente, por companhias aéreas não africanas, uma realidade que pretende ver mudada, no futuro, pois “estamos no continente que tem o maior espaço de crescimento a nível global”.
Ricardo D’Abreu disse ainda estar expectante quanto à liberalização do mercado de transporte aéreo nos termos da Decisão de Yamoussoukro e a consequente adesão ao Mercado Único Africano de Transporte Aéreo (MUATA), que, segundo fez saber, “trarão fortes benefícios, como novas rotas, voos mais frequentes, melhores ligações e tarifas mais baixas, o que, por sua vez, aumenta o volume de tráfego, tendo um efeito positivo directo e indirecto no comércio, viagens de negócios e turismo, enfim proporcionando o desenvolvimento do hub”.
Segundo referiu, todo este processo em vigor e em perspectiva no sector dos transportes deve estar centrado no “elemento chave desta equação, o homem, o profissional, o especialista”, de quem se exige competências, rigor, especialização, “quer pelo risco do serviço que prestam, quer pela satisfação que criam nos seus utilizadores e agentes económicos”.
O ministro dos Transportes reconheceu, no entanto, que o sector que dirige, por ser “tão exigente, tão competitivo, tão especializado, não há espaço para quem não tem o compromisso de assumir e vestir a camisola, não há espaço para a má gestão dos recursos, não há espaço para quem não acredita na razão de existir um serviço de qualidade às pessoas, às empresas e ao país”.
País poderá ganhar cidade aeroportuária
Durante o período de perguntas, o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu avançou que o país poderá contar para breve, com uma cidade Aeroportuária, que deverá ser criada na no município de Icolo e Bengo, província de Luanda, para servir de suporte ao Novo Aeroporto Internacional de Luanda, em construção naquele município da capital do país.
A referida cidade, segundo Ricardo D’Abreu, vai ser construída nos arredores do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, e deverá comportar “uma série de infra-estruturas indispensáveis para o sector aeronáutico, além de outras de apoio e de lazer”.