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Aeroporto do Soyo pode deixar de receber voos
O aeroporto “Comandante Ndozi”, localizado na cidade do Soyo, província do Zaire, pode a qualquer momento deixar de receber aeronaves de médio e grande porte, por insegurança na pista que ficou à descoberta com a danificação da rede de vedação. Esta intenção foi avançada nesta segunda-feira, no Soyo, pelo director nacional para a área de infra-estruturas da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA-EP), Joaquim Oli Jabila.
O responsável, que falava num encontro com agentes aeroportuários, membros dos órgãos de defesa e ordem interna e autoridades tradicionais locais, explicou que animais domésticos tomaram conta da pista do aeroporto local, em consequência da vandalização da rede de vedação por meliantes.
Segundo a fonte, a medida a ser imposta pelo Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC) poderá ser extensiva ao aeroporto “Maria Mambu Café”, da cidade de Cabinda, pelas mesmas razões que incluem ainda a acumulação de focos de lixo nos perímetros das pistas dos referidos aeroportos.
Joaquim Oli Jabila enfatizou que, tal intenção poderá ser ponderada, caso sejam repostas as medidas de segurança nas duas infra-estruturas aeroportuárias, prometendo que equipas técnicas do INAVIC poderão nos próximos dias deslocar-se nestas duas regiões para uma avaliação minuciosa da situação.
“Os aeroportos do Soyo e de Cabinda apresentam muitas irregularidades em termos de segurança, o que representa um grande perigo a navegação aérea”, justificou.
O aeroporto do Soyo possui uma pista de dois mil e 100 metros de comprimento e 45 metros de largura.
Três incidentes, sem registo de vítimas humanas, ocorreram já na pista deste aeroporto. O primeiro tratou-se de um despiste de um avião ligeiro do tipo PA-31 da empresa privada Mavewa, em Julho de 2016. O segundo envolveu uma aeronave Boeing 737-700 das Linhas Aéreas de Angola (TAAG), em Abril de 2017.
O terceiro incidente caracterizou-se pelo embate de uma aeronave do tipo B-1900 da companhia Sonair contra um animal doméstico no momento de aterragem, em Setembro de 2018.