Adolescente morre soterrado no garimpo de ouro no Chipindo

Um adolescente, de 17 anos de idade, morreu, esta semana, soterrado no município do Chipindo, na Huíla, quando tentava garimpar ouro em algumas galerias onde decorreu o processo de prospecção, informou hoje, no Lubango, o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Inocêncio Hungulo.

O porta-voz que fazia o balanço semanal das ocorrências, disse que o incidente ocorreu na localidade da Caçanda, a 93 quilómetros da sede municipal do Chipindo, pelas 12 horas, numa escavação de perto de 20 metros de profundidade e 10 metros de largura.

“O jovem fazia a extracção artesanal do produto, foi escavando e perdeu a noção da profundidade do buraco, ficando todo coberto de areia. A exploração na área é proibida, mas as pessoas insistem em fazê-la durante a noite e a madrugada para não serem presos e esquecem-se do perigo que tal actividade representa”, referiu.

O oficial fez saber que a operação de resgate do cadáver demorou duas horas, sublinhando que, apesar da actividade de garimpo se ter agudizado após os trabalho de prospecção terem aferido a existência do minério, esse foi o segundo incidente do género. O primeiro ocorreu em Setembro de 2017.

Alertou as pessoas a desapegarem-se das explorações ilegais referidas, não só por constituir crime, mas também por perigar a vida humana.

Inocêncio Hungulo afirmou que os bombeiros registaram mais dois resgates de cadáveres, durante a semana, em rios dos municípios da Cacula e do Lubango, tendo sido vítimas dois cidadãos, um de 76 e 47 anos de idade.

O município de Chipindo dista a 456 quilómetros a Norte do Lubango, província da Huíla, e tem uma das maiores reservas de ouro do país, de acordo com dados fornecidos pela prospecção realizada nos últimos dois anos, cujo processo de exploração estima-se que comece este ano.