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Administradores distritais de Luanda sem salários há mais de sete meses

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Os administradores distritais e seus adjuntos em Luanda, em funções desde Janeiro de 2017, altura em que foram empossados, aguardam há mais de um ano pelo pagamento de sete meses de salários em atrasos.

Segundo apurou “O Decreto” de uma fonte privilegiada são no total quinze administradores distritais, um dos quais é o administrador-adjunto da comuna de Calumbo, Gilberto Vicente Cassule, que está há mais de 35 meses sem receber os seus ordenados.

Agastados com a situação e para ver a questão resolvida, os administradores em causa, escreveram para à Directora Nacional do Orçamento do Estado, do Ministério das Finanças, Maria Emília Sandimba, “exigindo” ao pagamento dos salários.

De acordo com o documento a que “O Decreto” teve acesso, os administradores distritais argumentam que o Governo Provincial de Luanda está em falta com o pagamento de retroactivos destes servidores públicos de Janeiro a Agosto de 2017.

O Decreto sabe que a situação se arrasta desde o consulado do Governador Adriano Mendes de Carvalho (agora no Kuanza-Norte), que segundo com os administradores se mostrou incapaz de resolver o problema junto do Ministério das Finanças.

A fonte refere que “os administradores vítimas” esperavam que, com o novo Governador Provincial de Luanda, Sérgio Luther Rescova Joaquim, o cenário fosse diferente: “O que não entendemos é que, com novo Executivo e com a linguagem de um novo paradigma, os vícios do passado continuam”, disse um dos administradores falando em anonimato.

“Que governação é que se pretende?”, questiona a fonte, para quem a situação “tem sido muito constrangedora”.

Dizem que não entendem o novo paradigma propalado pelo Presidente da República, João Lourenço, desde a entrada em funções do novo Executivo, que na visão destes, não consegue vencer os vícios do passado.

Lamentam que o actual Governador de Luanda Sérgio Luther Rescova esteja a seguir o mesmo caminho do anterior gestor da capital, preferindo a inércia e o silêncio, mesmo tendo o domínio da situação.

“O novo governador nada faz junto do Ministério das Finanças com vista ao pagamento dos sete meses de salários em atraso”, sublinhou a fonte que temos vindo a citar.

A lista em posse do “O Decreto”, constam os nomes dos administradores e seus adjuntos:

1-Domingos da Cruz da Fonseca

2-Eduardo Costa Gabriel

3-Rosa J. Janota Dias Dos Santos

4-Euclides Joaquim F. da Costa

5-Eduardo Fernando

6-Julieta Vassuelela Ngueve

7-Domingos António Bernardo

8-Lizete Pedro

9-Miguel João Domingos

10-Manuel Agostinho Domingos

11-Luís Isaac

12-Emília Isabel Nunda Janganga

13-Agostinho Vieira Quissenguelele

14-Cláudia Freire Agostinho

15-Gilberto Cassule Vicente

 

Recorde-se que em Luanda, apenas o Sequele e o Kilamba têm estatuto especial como distrito. Os restantes, sem esse estatuto, ainda não têm direito a verbas para salários. Os administradores lamentam que tenham sido nomeados sem que o Ministério das Finanças tivesse aprovado os estatutos e as respectivas verbas.

Na administração local, o vencimento-base do delegado e director provincial, inspector provincial e administrador municipal é de 304.588,88 kwanzas, mais as despesas de representação de 60.917,78 kwanzas, o que totaliza uma remuneração de 365.506,66 kwanzas.

O administrador municipal adjunto recebe 250.837,90 kwanzas, despesas de representação de 50.167,58 kwanzas, totalizando um vencimento líquido de 301.005,48 kwanzas.

O administrador comunal e distrital aufere um vencimento-base de 215.003,92 kwanzas, com despesas de representação de 43.000,78 kwanzas, recebendo no total 258.004,70.

Já o administrador comunal adjunto tem como vencimento-base 179.169,93, despesas de representação de 35.833,99 kwanzas, totalizando 215.003,92 kwanzas.

 

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