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Economia

Administrador do Banco Yetu dá nota positiva a política cambial do BNA

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Embora peçam alguma flexibilidade nas medidas que estão sendo aplicadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA), no domínio cambial e monetário, gestores da banca comercial angolana concordam que as actuais políticas do Banco Central, com destaque para o novo regime de taxa de câmbio flutuante, seguem o caminho certo.

Esse ponto de vista foi manifestado à margem do VII Fórum Banca, que decorreu sob o lema “ Qual o melhor regime cambial para Angola?”, realizado hoje pelo Jornal Expansão.

Ao responder a questão qual o melhor regime cambial para Angola, o administrador do Banco Yetu, Fernando Vunge, disse, categórico, “eu creio que o melhor regime cambial para o País nessa altura é o flutuante, por se adequar à nossa economia, mas a sua aplicação deve ser gradual”.

O gestor, Doutorado em Economia pela Universidade de Sevilha, Reino de Espanha, referiu que as medidas que estão sendo implementadas pelo BNA devem cada vez mais serem adaptadas à nossa economia – uma vez que é ainda muito dependente das importações.

Fernando Vunge argumentou que o facto de ser uma economia muito dependente do exterior, o BNA deve, por um lado, continuar a conceder divisas para importar os bens de capitais necessários para alavancá-la e , por outro, criar condições para que a produção nacional possa substituir as importações e reduzir consequentemente a pressão às reservas internacionais líquidas.

Na mesma ordem de opinião, o presidente do conselho de administração do Banco de Comércio e Indústria (BCI), Filomeno de Ceita, disse que o regime actual está a realmente a ter resultados positivos, pois sente-se “uma maior folga, compreensão de alguns clientes em relação à determinadas forma se de agir. As pessoas que diziam que suas operações tinham que ser feita por transferências, agora já aceitam carta de crédito. O que é muito bom”.

Filomeno Ceita apontou aspectos positivos do novo regime, mas disse que o mercado tem muitos bancos que violam regras básicas do actual regime.

A título de exemplo, contou que há bancos que quando uma empresa tem uma operação cambial para executar e necessita de ir buscar seus recursos para operacionalizar a transacção cambial num outro, bloqueia a pretensão do cliente.

“Nós temos casos concretos que não vamos, logicamente, divulgar. A atitude desses bancos implica que a empresa fique uma a três semanas sem puder executar a operação e corremos o risco de devolver o dinheiro ao BNA porque há limites de tempo”, explicou o interlocutor.

O administrador entende que isso acontece porque as empresas que violam as normas não são punidas como tal. “Se tivéssemos punições essa situação, talvez fosse diferente”.

Já no decurso do Fórum Banca, o presidente do conselho de administração do Banco BIC, Fernando Teles, a elogiou as políticas cambiais e monetárias do BNA, mas apelou uma certa flexibilização para que as empresas não “morram”.

Fernando Teles disse que há cada vez mais empresas a irem á falência e se as medidas não forem flexibilidade de tal maneira que se consiga conceder créditos será prejudicial à economia porque não haverá financiamentos.

O VII Fórum Banca abordou entre outros assuntos “ Evolução do mercado cambial em Angola, Impacto do novo regime cambial nos bancos”, e abordou, em mesa redonda, a questão do melhor regime cambial para Angola.

O evento contou com a participação da maioria dos 30 bancos que operam no mercado angolano.

O BNA adoptou o regime cambial flutuante a 09 de Janeiro deste ano, em substituição do fixo, no âmbito da implementação do Programa de Estabilização Macroeconómica do Executivo para 2018.

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