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Adis Adeba: mini-cimeiras indicam caminhos para resolução dos conflitos na RDC e RCA
Ao intervir no segundo e último dia da Cimeira anual de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, o presidente João Lourenço apresentou os esforços que estão a ser feitos em prol da conquista da paz e da segurança no continente.
Durante a sua intervenção, o Chefe de Estado angolano mencionou as reuniões realizadas durante dois dias, em Adis Adeba, e já mencionadas anteriormente pelo Correio da Kianda, sinalizando que deu “um especial realce ao conflito que perdura na Região Leste da RDC, apontando em perspectiva o que será, na nossa visão, o caminho a seguir para a resolução deste intrincado problema”.
O também campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação Nacional, avançou terem chegado a uma decisão em relação ao processo de pacificação na República Centro Africana, “em cujo âmbito levamos a cabo um conjunto de iniciativas, no sentido de, entre outros, convencer as lideranças dos vários grupos armados que actuam no país, a abandonarem a rebelião e a estabelecerem residência fora do território centro africano”.
João Lourenço destacou ainda que tais esforços conduziram à adopção do Roteiro Conjunto para a Paz na RCA mais conhecido por Roteiro de Luanda, que definiu alguns eixos de actividade, dos quais destacou “o cessar-fogo e o Desarmamento, Desmobilização, Reintegração e Repatriamento, que ajudaram, no seu conjunto, a criar um clima de maior distensão e compreensão, favorecendo o diálogo Republicano Interno entre todas as forças vivas da nação centro africana”.
Optimista, João Lourenço avançou ainda que “a situação actual na RCA é bastante melhor do que a que se registava no ano de 2020”.
Ainda na sua intervenção, o campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação Nacional mencionou conflitos um pouco por toda parte do continente, os quais estão a merecer especial atenção dos Estados membros da UA.
João Lourenço mostrou solidariedade para com os Estados membros “cujos povos são as verdadeiras vítimas das consequências causadas pela instabilidade política”. Aproveitou ainda para agradecer ao “apoio significativo dos organismos da União Africana, das Nações Unidas, das Comunidades Económicas e Mecanismos Regionais e de parceiros internacionais de África”, que tem recebido para o cumprimento das suas responsabilidades “em matéria de paz e de reconciliação nacional no continente”.
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