Politica
Adesão de Angola à Francofonia acontece em breve
O processo de adesão de Angola, como membro observador associado, à Organização Internacional da Francofonia está a ser tratado e efectiva-se em breve, assegurou quinta-feira, em Luanda, a presidente do grupo dos embaixadores francófonos em Angola (GAF, sigla em francês).
Saadia El Alaoui, que falava em conferência de imprensa, por ocasião dos 50 anos da Francofonia, que se assinalam a 20 de Março, disse que “a adesão de Angola é bem-vinda porque se trata do país lusófono mais francófono de África, em que cerca de 15 por cento da população, à volta de 4,5 milhões, fala ou entende a Língua Francesa”.
A também embaixadora do Reino do Marrocos em Angola frisou que a Francofonia é um projecto que envolve o intercâmbio cultural, a pluralidade, a paz, a democracia, valores em que todos os Estados e povos africanos se revêem.
Quanto ao uso do idioma francês, Saadia El Alaoui defendeu que a Língua Francesa pertence à Humanidade, e é actualmente falada por cerca de 300 milhões de habitantes. Prevê-se que, em 2050, vai ter 500 milhões de falantes. Destes, segundo a diplomata, a maioria vai ser africana.
Sobre o que Angola tem a ganhar com a adesão à Organização Internacional da Francofonia, Saadia El Alaoui lembrou que, além de ser um espaço de intercâmbio cultural, a organização tem igualmente uma agenda econó- mica, que pode sempre servir como meio por via do qual Angola e os países francófonos reforcem os laços económicos e comerciais.
“A Francofonia não constitui uma espécie de prolongamento da colonização, nem pode ser vista como um instrumento de dominação”, disse Saadia El Alaoui quando interrogada sobre a expansão e a abertura da organização aos Estados e povos não francófonos em África.
A Francofonia, organização criada na cidade de Niamey, capital do Níger, existe desde 20 de Março de 1970 e congrega mais de 30 países.
C/ JA