Economia
Accionistas do Banco BAI reúnem-se com avaliação geral da administração na agenda
Os accionistas do Banco Angolano de Investimento (BAI), discutem no próximo dia 28 em Luanda, em assembleia-geral, a discussão do reforço de capital do banco e prevê ainda, entre outros, “deliberar sobre a proposta de aplicação dos resultados do exercício financeiro 2018, proceder à apreciação geral da administração e fiscalização do banco”, além de apreciar a “declaração sobre a política de remunerações dos membros dos órgãos sociais aprovada pela comissão de remunerações”.
Os accionistas do Banco Angolano de Investimento (BAI) pretendem fixar o capital social da instituição em 157,5 mil milhões de kwanzas, um reforço de 965,5%, em vez dos actuais 14,7 mil milhões, de acordo com a agenda da mesa da assembleia-geral tornada pública.
A estratégia de aumento de capital não prevê entrada de dinheiro fresco dos accionistas. Será realizada através de incorporação de reservas no valor de 142,7 mil milhões de kwanzas.
Integram o grupo de accionistas a Sonangol Holding Limitada (8,50%), a Oberman Finance Corp (5,00%), Dabas Management Limeted (5,00%), Mário Abílio Palhares (5,00%), Theodre Jameson Giletti (5,00%) e a Lobina Anstalt (5,00%), além da Coromais Participações Lda. (4,75%), Mário Alberto dos Santos Barber (3,87%), e ‘Outros’ não identificados, que respondem por 57,88% do capital.
Se se efectivar o plano, o BAI passa a ser a segunda maior entidade bancária em capital social, atrás do Banco de Poupança e Crédito (BPC), cujo capital ultrapassa os 200 mil milhões, precisamente 216.171.690 de kwanzas, detidos pelo Estado (75%), Caixa de Segurança Social das Forças Armadas (15%) e pelo Instituto Nacional de Segurança Social (10%), considerando as últimas contas consolidadas de 2017.
No ‘ranking’ dos maiores bancos angolanos em activos, o Banco Millennium Atlântico (BMA) é o terceiro com maior capital social, com 53,8 mil milhões, seguido pelo BIC, com 20 mil milhões, e pelo Banco de Fomento Angola (BFA), com 15,4 mil milhões.
Até 31 de Dezembro de 2017, altura em que o BAI fechou o último balanço consolidado, a contabilidade inscreveu resultados líquidos de 55 mil milhões de kwanzas, um aumento de 11% face aos lucros de igual período anterior, num período em que os fundos próprios cresceram 17%, atingindo os 196 mil milhões.
Já o rácio de solvabilidade regulamentar, outro importante indicador que mede a ‘saúde’ das empresas no geral, cifrou-se em 19%, acima do mínimo exigido por lei (10%), “o que atesta da solidez do BAI”, defenderam o PCA e PCE, respectivamente José Carlos Castro Paiva e Luís Filipe Rodrigues Lélis, em mensagem conjunta que acompanha o balanço de 2017.
Além da segunda posição no ‘ranking’ por capital social, o BAI lidera o ‘ranking’ de depósitos de clientes, com uma carteira de crédito que ultrapassa um bilião de kwanzas (1.092.660), a segunda em capitais próprios’, com 195.743 milhões, e a terceira em crédito líquido (369.345 milhões), considerando dados do seu último balanço consolidado de 2017.
C/ VE