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Académicos reflectem sobre impacto do 25 de Abril na independência das colónias portuguesas

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A Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974 e o seu impacto nas independências das antigas colónias portuguesas em África, foi o tema que centralizou o debate nesta terça-feira, 22, no programa “Bancada Parlamentar”, da Rádio Correio da Kianda.

O político da FNLA, Fernando Pedro Gomes, defendeu que o 15 de Março de 1961, é considerado o primeiro dia do fim do império colonial português, e o ELNA, então braço armado do partido dos irmãos, deu formação a exércitos de muitos países da região, com destaque para o exército Bissau-guineense que causou muita baixa ao exército português.

Por seu turno, a académica moçambicana, Augusta Forquilha, considerou que o 25 de Abril foi consequência das lutas dos países sob domínio do regime colonial, sobretudo na Guiné-Bissau, para a negociação com os antigos países colonizados.

Já, Fernando Pedro Gomes, falou dos acordos de Alvor, e a fórmula como Portugal teria facilitado o MPLA a ascender ao poder, e recomendou consultar a obra de Dalila Cabrita, mas pediu contenção na abordagem de aspectos que considera sensíveis.

Por seu turno, Augusta Forquilha, falou das contradições entre o MPLA e a FNLA e, falou dos primeiros ataques levados a cabo pelo exército dos irmãos.

Por sua vez, Alberto Pinto, é da mesma opinião de que o 25 de Abril viabilizou as negociações entre a potência colonizadora e os países colonizados.

Assinala-se esta sexta-feira, o 25 de Abril de 1974, conhecido como a Revolução dos Cravos, momento em que Portugal pôs fim à ditadura do Estado Novo. Este movimento foi liderado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por oficiais descontentes com o regime autoritário e as prolongadas guerras coloniais.

A Revolução dos Cravos marcou o início da transição de Portugal para a democracia. Foram restabelecidas as liberdades civis, abolida a censura e libertados os presos políticos. Iniciou-se também o processo de descolonização, conduzindo à independência de várias colónias africanas.

 

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

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