Politica
Académicos divididos sobre projectos sociais no Huambo
A visita da Vice-Presidente da República a província do Huambo está a suscitar acesos debates em torno dos investimentos no sector social naquela região do país.
O jurista João Kalupeteca entende que o Huambo tem dado passos firmes nos mais variados sectores da vida, desde o fornecimento de energia elétrica, água potável, construção de escolas centros e postos de saúde na periferia da cidade, aldeias, que tem impactado a vida do cidadão.
O também dirigente do Comité Provincial do MPLA nas terras de Wambo Kalunga, disse que estão em fase conclusiva as imponentes obras do Centro Cultural, “um espaço que vai servir para manifestação da nossa cultura, o Centro de Formação de Jornalistas-CEFOJOR que vai se dedicar na formação de jornalistas do país e da região da África Austral, CINFOTEC, com o arranque do hospital Pediátrico, bem como o estádio de futebol do Huambo no cumprimento a promessa do Presidente João Lourenço durante a campanha eleitoral”.
“Os habitantes do Huambo estão felizes com estes ganhos, não obstante o contexto internacional, da crise financeira que o nosso país não está de fora, muitas coisas não correm conforme o previsto, mas, o MPLA é um partido comprometido com o povo, responsável e maduro para continuar a trabalhar e, continuar a resolver os problemas do povo”.
O político dos camaradas, no planalto central, disse ainda que com a vinda da Vice-Presidente “muitos outros projectos vão ser implementados”.
Enquanto isso, o jurista e membro do projecto Jango Cultural, Jeiel Freitas, pensa que seria injusto dizer que nada foi feito no Huambo, mas “convém situar os factos no tempo”.
“Não podemos avaliar os investimentos nesta região desde a independência de Angola, nem da governação dos antigos gestores, mas sim, da actual inquilina do palácio, a esse respeito pode se concluir que o consulado da actual governadora é infeliz, porque nada trouxe de melhoria aos populares do Huambo”, aponta.
Jeiel Freitas disse que no mandato da senhora Lotti Nolika “tudo o que temos de bom é dos governadores anteriores, há duas imponentes obras que a governadora prometeu que concluiria, infelizmente até hoje nada se vislumbra, se concluísse, seriam capitais de avaliação da sua governação, estamos a falar, e, daríamos nota positiva, não podemos falar das salas, que estão a ser feitas pela Administrações municipais, no âmbito do PIIM mas, isso não podemos atribuir como feitos do governo provincial ou central, são louros dos administradores”.
“Também reconhecemos o défice no orçamento provincial do Huambo que conta, nesse momento, com 11 mil milhões de kwanzas, que até Junho não estava disponível, agora está a ser disponibilizado, mas a conta gota. Não há muito que se possa fazer com estas verbas, mas também a nível local, não há políticas que atraíam investimentos”, disse.