Sociedade
Abuso sexual de adolescente provoca indignação pública e ação da OMA
A Secretária-Geral da Organização da Mulher Angolana (OMA) afirmou, em exclusivo à Rádio Correio da Kianda, que a organização está desde as primeiras horas desta segunda-feira, 29, no Comando Municipal da Polícia Nacional, a acompanhar o processo de investigação e a prestar apoio psico-emocional a uma adolescente de 15 anos, vítima de abuso sexual.
Segundo Joana Tomás, a presença da OMA junto das autoridades visa não apenas apoiar a vítima, mas também acompanhar de perto os trâmites processuais, numa altura em que a sociedade exige respostas rápidas e eficazes face à gravidade do caso.
A dirigente do braço feminino do MPLA apelou aos órgãos de justiça para uma actuação célere e exemplar, defendendo que penas severas podem funcionar como factor dissuasor de práticas semelhantes. Joana Tomás dirigiu igualmente um apelo às famílias, para reforçarem a atenção à educação, protecção e acompanhamento das filhas menores.
O caso ganhou maior visibilidade após a circulação de um vídeo nas redes sociais, no domingo, 28, que expôs a vítima em situação de extrema vulnerabilidade. A divulgação das imagens, além de configurar uma violação grave da dignidade da menor, provocou forte indignação pública, com internautas a exigirem uma resposta firme do Estado e maior responsabilização dos autores.
Perante a pressão social, o Ministro do Interior, Manuel Homem, garantiu que acompanha o processo desde o primeiro momento e assegurou que as autoridades competentes já desencadearam as acções necessárias no âmbito da investigação.
Em declarações à imprensa, o governante informou que um dos implicados já se encontra detido, estando em curso diligências para a localização e detenção do segundo envolvido, com vista à sua responsabilização criminal.
Manuel Homem sublinhou que os órgãos operativos do Ministério do Interior estão empenhados no total esclarecimento do caso e reiterou que não haverá impunidade para crimes de abuso sexual, sobretudo quando envolvem menores, uma realidade que continua a expor fragilidades no sistema de protecção da infância e adolescência.