Opinião
A resolução do problema não passa por remoção definitiva da igreja
Existem muitas áreas de uma igreja onde o conflito possa se desenvolver. No entanto, a maioria deles tende a cair em uma das três categorias, nomeadamente, conflito devido ao pecado flagrante entre os crentes, conflito com a liderança e conflito entre os crentes. É certo que muitos problemas podem envolver duas ou mais destas áreas mencionadas.
Os crentes que pecam descaradamente representam um conflito para a igreja, assim como visto em 1 Coríntios 5. A igreja que não lida com o pecado entre os membros abre a porta a mais problemas. A igreja não é chamada para ser crítica dos incrédulos, mas espera-se que enfrente e restaure os crentes que não se arrependem dos pecados, como os listados em 1 Coríntios 5:11:
Às vezes os crentes talvez não estejam satisfeitos com as acções ou políticas dos líderes da igreja. Um incidente no início da história da igreja ilustra isso (Atos 6:1-7). A liderança pode ajudar a evitar esses problemas ao ser pastores altruístas e amorosos. Os líderes devem ser servos e exemplos, e não senhores (1 Pedro 5:1-3). Os membros frustrados de uma igreja devem respeitar os líderes (Hebreus 13:7,17), ser tardios para acusá-los (1 Timóteo 5:19) e falar a verdade com amor directamente a eles, não a outras pessoas sobre eles (Efésios 4:15). Nas ocasiões em que um líder aparentemente não esteja respondendo a uma preocupação, o indivíduo deve seguir o padrão estabelecido em Mateus 18:15-17 para garantir que não haverá confusão a respeito da posição de cada um dos envolvidos.
Na semana passada, recebi, via whatsapp, uma Nota de Esclarecimento vinda da União Nordeste dos Adventistas do Sétimo dia de Angola, dizendo que a IIª Assembleia Constituinte da Missão Sul de Luanda e Cabinda votou a remoção definitiva da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Betânia-Samba, da irmandade de igrejas adventistas do Sétimo Dia. À luz dessa decisão, a referida congregação deixa de ser uma Igreja Adventista do Sétimo Dia na Pátria de Agostinho Neto… É com muita tristeza. A Política e religião não se discutem é uma regra utilizada para manter a paz nos convívios familiares e nos recreios com os amigos. Quando o assunto é religião e política o cenário tende a ficar mais explosivo, podendo atingir as proporções de uma batalha épica.
Por Osvaldo Manuel
Jornalista e Comunicólogo