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“A paz exige dedicação e compromisso de todos” –  Dalva Ringote

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A ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote, disse esta terça-feira, 4, que a paz, a democracia e a reconciliação de forma interligada constituem um processo contínuo que exige a dedicação e o compromisso de todos.

Dalva Ringote fez estes pronunciamentos quando discursava no acto central dedicado aos 21 anos de paz em Angola, decorrido na província do Namibe.

A ministra lembrou que, passados 21 anos de paz, os angolanos são hoje desafiados a fazer dela “um princípio fundamental da vida colectiva”, que aponta como um elemento integrador da acção diária na vida pública, familiar e religiosa, tendo as igrejas o papel de protecção da paz social, através da vocação de pregar o evangelho, a humanização e recuperação da saúde espiritual.

“Neste sentido, as igrejas devem continuar com o seu importante papel nas comunidades, promovendo a tolerância, o respeito, a cultura de defesa da paz, a harmonia, o espírito de reconciliação e da diversidade”, referiu, acrescentando que o compromisso com a paz plena e duradoura deve ser inesgotável, contando com a participação de todos os parceiros sociais do Estado, das autoridades tradicionais na promoção da paz e defesa das instituições democráticas.

“A paz, a democracia e a reconciliação de forma interligada constituem um processo contínuo que exige a dedicação e o compromisso de todos”, sublinhou, considerando a paz como um bem-comum de valor “incomensurável” que une a todos os angolanos sobre um trilho de desafios comuns em dimensões da jovem pátria de tradições, de valor da diversidade, da família, da livre iniciativa, do desenvolvimento das comunidades, da solidariedade e da busca incessante das melhores políticas públicas para o povo.

Dalva Ringote realçou que o 4 de Abril é uma das “mais importantes” datas da História da “jovem nação” e lembrou que há 21 anos, depois de décadas de luta contra o poder colonial, invasões, agressões estrangeiras e outros factores internos, o povo angolano conquistou, finalmente, a paz e lançou as bases da completa reconciliação nacional para o desenvolvimento económico, social e da prosperidade do país. Isto tudo é a paz. A paz de todos os filhos da nossa terra, pátria de todos os angolanos, dos nossos heróis a quem prestamos a justa homenagem pelo sacrifício e abnegação”, reconheceu.

Apontou Angola como um país de paz que orgulha a todos os cidadãos nacionais e que constitui um farol de esperança para nações envolvidas em conflitos que continuam a grassar o continente africano, sendo hoje um Estado de mediação e resolução pacífica de conflitos, porque “é de amantes da paz e da estabilidade dos povos, através do diálogo”.

“Não foi por acaso que na 16ª Cimeira Extraordinária sobre Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais em África que o Presidente da República, João Lourenço, foi designado Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação”, recordou.

Dalva Ringote lembrou, também, que nenhum país pode garantidamente viver em paz e em segurança quando persistem, na sua fronteira, conflitos que facilmente podem alastrar-se e envolver o próprio território. Por esta razão, considerou que a consolidação da paz em Angola passa, igualmente, pelo fim dos conflitos em territórios vizinhos.

“É neste sentido que o nosso país condena, de forma firme e clara, a guerra e quaisquer outras formas de desestabilização do continente africano”, disse, frisando que Angola é um país de paz empenhado a consolidar as instituições democráticas, desenvolver e diversificar a economia, com vista ao progresso, ao bem-estar das populações e afirmação cada vez mais da identidade de valores no quadro das nações e do mundo.

Disse que a tradição de paz faz de Angola um anfitrião permanente do Fórum Pan-africano, também designado Bienal de Luanda, que conta com a parceria da UNESCO e da União Africana, congregando distintos actores governamentais, da sociedade civil, da comunidade científica, artística e desportiva, bem como do sector Privado e organizações internacionais para o diálogo abrangente na resolução de conflitos e prevenção da violência.

Isso, de acordo com a ministra de Estado, incentiva os valores da tolerância, da solidariedade, diversidade, intercâmbio cultural e Direitos Humanos que, em definitivo, contribuem para uma África pacífica e próspera.

“A democracia é um valor fundamental que deve ser ampliado e aprofundado no respeito pelas instituições, dos princípios, liberdades e garantias, defesa da transparência na gestão da coisa pública, justiça e equidade social, como compromissos firmes da agenda do Titular do Poder Executivo”, finalizou




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