A voz do Cidadão
A média de um governante angolano permanecer no cargo é de 6 meses – Manuel Pinheiro
Fico feliz por não ter expectativas. Durante muito tempo nos foi alimentada a ideia de que se as coisas não funcionam porquê existe algum culpado que impede o bom funcionamento. E a nossa forma de resolver é exonerar.
A média de um governante angolano permanecer no cargo é de 6 meses, desde 2017 altura que o Presidente João Lourenço tomou as rédeas do poder já exonerou todos e já nomeou todos, o que representa que temos uma administração muito complexa por diversas razões de ordem politica, econômica e até sociológica.
O argumento desta vez foi de carácter económico por causa da baixa do brent que serve de referência as nossas exportações de petroleo.
Houve extinção de 7 departamentos ministeriais por fusão diga-se complexa por quanto em alguns casos não encontramos afinidades entre os departamentos fundidos refiro por exemplo à função do Ministério do turismo cultura e ambiente ou mesmo correios telecomunicações e comunicação social .
Tempo debitei argumentos de que ao invés de se nomear Secretários de Estado enquanto auxiliares de departamentos autônomos, preferia que fossem nomeações a vice-ministros pois assim os ministros teriam auxiliares globais, mas não foi este o caminho seguido de 28 Ministérios ficamos em 21 auxiliares do titular do poder executivos , mas no nosso caso os ministros não lidam directamente com o Presidente pós os auxiliares directo do Presidente da República são os seus Secretarios junto da presidência , os assessores e consultores e ainda os chamados órgãos essencias singulares que têm mais poderes que qualquer Ministerio.
Que ganho a obter com actual figurino ? Pessoalmente não albergo qualquer expectativa com a redução de custos e como todos observadores convergem grande parte das estruturas administrava pertencem ao quadro permanente da administração pública e mesmo que fossem aposentados continuariam com as suas regalias e privilégio.
Rejuvenescimento de quadros com raras excepções a maioria dos nomeados podem ser jovens biologicamente, mas já são antigos nos diversos órgãos portanto o que acabamos ver não deixa de ser mais uma remodelação. De momento só quatro ministérios não foram objeto de remodelação designadamente : Educação Superior e Ciência Tecnologia, Justica e Direitos Humanos e Energia e Aguas.