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A maior parte dos pais tem medo do conflito entre irmãos
Os conflitos fazem parte de todas as relações, incluindo as fraternais. Não é coisa que os pais devam temer, mas é preciso que saibam como gerir discussões entre irmãos sem nunca tomar partido. Esta é, de certa forma, a máxima promovida pela autora do blogue Mum’s the boss, Magda Gomes Dias, que assina o recém-publicado livro Para de Chatear a tua Irmã e Deixa o teu Irmão em Paz (editora Manuscrito).
No livro, a autora que já antes conversou com o Observador sobre dinâmicas e competências parentais, procura explicar que é natural que os irmãos tenham opiniões diferentes e feitios distintos, por vezes incompatíveis, e que isso não é necessariamente mau. Como diz em entrevista, “se um irmão tem uma opinião diferente da do outro, isso não quer dizer que esteja contra ele — e esta é, muitas vezes, a leitura que fazemos dos conflitos, ou seja, se a outra pessoa pensa de forma diferente de mim, está errada ou, então, está contra mim. Sentimo-nos atacados, sentimo-nos ameaçados.”
Os pais não se podem meter nos conflitos ou tomar partido, caso contrário estão a retirar poder às crianças, elas que devem aprender a negociar, a conversar e a resolver as diferentes situações. Magda Gomes Dias, formadora nas áreas comportamentais e comunicacionais, com certificação internacional em Inteligência Emocional, Educação Positiva e Coaching, refere ainda como a relação entre irmãos é importante, de onde podem derivar os ciúmes fraternais e como os pais podem contribuir para melhores relações debaixo do mesmo teto.
“Sabemos que os irmãos se constroem de forma oposta, vão ter personalidades muito diferentes e vão entrar em choque. Os pais não podem forçar a que os filhos sejam amigos, que gostem um do outro. Devem, ao invés, criar condições para que eles se possam respeitar e entender que podem ter opiniões diferentes e que elas podem coexistir.”