“A impunidade gera mais violência e  isto tem de mudar”, diz Guterres

O Secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, disse neste sábado, 2, que “a Impunidade gera mais violência” por isso deve-se acabar com a violência contra os jornalistas.

Foi na mensagem sobre o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, que Guterres reafirmou o compromisso daquele organismo internacional para com a liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas em todo o mundo.

“Uma imprensa livre é fundamental para os direitos humanos, a democracia e o Estado de direito. No entanto, jornalistas de todo o mundo são impedidos de realizar o seu trabalho e enfrentam frequentemente ameaças, violência e até a morte na sua missão de trazer a verdade à luz e responsabilizar os que detém o poder”, afirmou.

Referiu ainda que nos últimos anos se tem assistido a uma taxa alarmante de mortes em zonas de conflito, particularmente no médio oriente, que segundo fez saber, registou o maior número de assassinatos de jornalistas e de trabalhadores dos meios de comunicação social em qualquer guerra em décadas.

 “Em todo o mundo, estima-se que 9 em cada 10 assassinatos de jornalistas fiquem impunes. A impunidade gera mais violência. Isto tem de mudar”, advertiu.

O Secretário-geral da ONU relembrou que o Pacto para o Futuro, adotado em Outubro último, apela ao respeito e à proteção dos jornalistas, dos profissionais dos meios de comunicação social que trabalham em situações de conflito armado.

Por esta razão,  apelou aos governos para que concretizem estes compromissos, com tomada de “medidas urgentes para proteger os jornalistas, investigar os crimes contra eles e processar os perpetradores – em todo o lado”.

O dia 2 de Novembro é celebrado como o dia Internacional da luta à Impunidade de violência contra os jornalistas. “Juntos, vamos acabar com o ciclo de violência, defender a liberdade de expressão e garantir que os jornalistas podem realizar o seu trabalho essencial em segurança e sem medo – em qualquer lugar”, finalizou o alto funcionário das Nações Unidas.