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“A guerra ainda não começou. Vai começar agora”, avisa ao M23 porta-voz do exército da RDC

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O porta-voz do exército, general Sylvain Ekenge, disse neste sábado, 25, que as FARDC não permitirão que os rebeldes do M23 entrem em Goma. A afirmação foi feita durante uma colectiva de imprensa com o porta-voz do governo, Patrick Muyaya, e o ex-governador de Kivu-Norte e actual ministro do Comércio Exterior, Julien Paluku.

“A guerra ainda não começou. Vai começar agora. Além disso, eles não poderão entrar em Goma. Isso é uma certeza”, insistiu o general Sylvain Ekenge.

“Enquanto falamos convosco, a luta continua. E as nossas tropas, acompanhadas pelo valente Wazalendo, com o apoio da MONUSCO e da SAMIDRC, conseguirão repelir o inimigo. As FARDC e todos os parceiros estão determinados a bloquear o caminho para essas aventuras ruandesas”., garantiu.

Quanto à morte do general Peter Cirimwami Nkuba, o porta-voz do exército indexa Ruanda como o autor deste assassinato: “o governador militar escapou da morte 24 vezes e morreu pela 25ª vez. Os ruandeses sempre procuraram eliminá-lo. Ele sempre foi o alvo de Ruanda. Ele era o inimigo jurado dos ruandeses. O primeiro tweet anunciando sua morte veio do número 1 da inteligência militar ruandesa”,  denunciou.

Entretanto, o apoio total e firme ao Processo de Luanda, liderado pelo Presidente da República, João Lourenço, foi este sábado reiterado pela União Europeia.

Após a escalada do conflito no Leste da República Democrática do Congo (RDC), agravado pela ofensiva renovada do M23 apoiado pelas Forças Armadas Ruandesas (RDF), uma vez que isso prejudica os esforços de João Lourenço e outros responsáveis africanos para alcançarem uma resolução pacífica para o conflito, o organismo europeu reiterou a sua posição, assegurando que condena veementemente, a captura da cidade de Minova, a 21 de Janeiro.

E o especialista em relações internacionais, Horácio Nsimba, entende que o conflito ultrapassa a capacidade de África, por isso, critica o silêncio das organizações mundiais face ao escalar do conflito.

O especialista disse que a região está insegura, por isto defende uma intervenção militar consertada entre os membros da região da SADC.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.




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