Sociedade
“A ciência tem um papel central no progresso das sociedades”, afirma ministra
A ministra do Ensino Superior Ciências e Inovação, Paula Regina Simões de Oliveira, afirmou, na última sexta-feira, em Luanda, que “a ciência tem um papel central no progresso das sociedades”.
A governante discursava no seminário realizado pelo Centro de Ciência de Luanda, que abordou ‘a Ciência como Promotora do Desenvolvimento Nacional’, no quadro das festividades dos 49 anos da Independência Nacional, com o ciclo de actividades, que teve como lema ‘CCL 11 de Novembro: A Ciência como Promotora do Desenvolvimento Nacional’.
“A ciência, sem sombra de dúvidas, tem um papel central no progresso das sociedades, pois, ao gerar conhecimento e compreensão, oferece-nos as ferramentas para enfrentar os complexos desafios econômicos, sociais e ambientais de hoje”, afirmou.
Paula Regina Simões de Oliveira referiu ainda que desenvolvimento do ensino superior em Angola desde a independente representa o testemunho do compromisso do governo com o avanço científico, por se constituir num caminho crucial para o alcance do desenvolvimento sustentável.
Acrescentou ainda que para que o desenvolvimento científico e tecnológico tenha um impacto na dinâmica de Angola, é essencial que os cidadãos estejam preparados para participar de decisões cruciais para o futuro do país, apoiando-se no crescimento das instituições de ensino superior e no fortalecimento da política nacional de ciência, tecnologia e inovação.
“Neste sentido, investir desde os primeiros anos escolares, incentivando-se as crianças e jovens a seguirem carreiras científicas, é prioritário”, sublinhou.
Referir-se igualmente sobre o fortalecimento da educação, o investimento em ciência e tecnologia e no crescimento das instituições de ensino superior, que no seu entender são fundamentais para capacitar o capital humano do país e alcançar a autonomia e a competitividade internacional.
“Embora as escolas e universidades sejam locais privilegiados para a introdução à ciência, outras instituições como mediatecas, centros de ciência, desempenham um papel fundamental na divulgação do conhecimento científico e tecnológico.
Estas estruturas contribuem para que a ciência seja mais acessível e compreendida pela sociedade”, disse.
No discurso, a governante destacou o empenho do Estado em consolidar o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e sublinhou a importância da ciência como pilar de uma sociedade desenvolvida.
Segundo a ministra “o regime jurídico do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, consolidado através de várias normas e decretos presidenciais, reflecte precisamente o compromisso do Estado em fomentar a cultura científica e tecnológica, bem como o fortalecimento das instituições de ensino superior, facilitando a sua autonomia e reconhecimento.” “A ligação entre a ciência e a sociedade, a compreensão pública da ciência e a participação dos cidadãos são pilares fundamentais para criar uma sociedade informada”, destacou Paula Regina Simões de Oliveira.
O seminário contou ainda com as comunicações da historiadora Rosa Cruz e Silva que abordou ‘Relato do 11 de Novembro e Seus Ganhos: O Hino Nacional, a Insígnia de Angola e a Bandeira’.
Nesta prelecção, a historiadora reflectiu sobre o valor da unidade nacional e do legado histórico para um desenvolvimento sustentável de longo prazo.
Já o Professor Doutor João Sebastião Teta proferiu uma aula magna sobre “O Contributo da Ciência para o Desenvolvimento de Angola – Pré e Pós-Independência”, enfatizando a necessidade de fortalecer a investigação científica para melhor servir a sociedade angolana.
A segunda parte do seminário incluiu a apresentação de “Projectos Inovadores em STEAM”, com especialistas das empresas Olhar Digital e AROTEC, que explicaram como as disciplinas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática (STEAM) podem impulsionar a inovação.
O evento reservou, igualmente, um espaço de debate entre os especialistas e o público presente, seguido da exibição do filme “Angola: A Alma de África” e a uma sessão de videomapping na fachada do CCL com o tema ‘Angola’, que mostrou de forma dinâmica e tecnológica aspectos culturais e históricos do país.
Para o Director-Geral do CCL, Diogo Morais, a iniciativa teve um “balanço positivo, superando largamente as expectativas com debates que trouxeram novas perspectivas sobre o papel da ciência no desenvolvimento nacional e promoveram um diálogo enriquecedor entre os participantes”.
O evento foi encerrado pelo Secretário de Estado para o Ensino Superior, Professor Eugénio Silva.