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Politica

“A alternância que propomos visa libertar o país do medo”, diz ACJ

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O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, aclarou, ontem, na cerimônia de proclamação da Frente Patriótica Unida, que a alternância que o seu partido propõe à nação, visa, sobretudo, “libertar o país do estagnante controlo partidário, do medo, do excessivo poder das oligarquias”, considerando que estes asfixiam o desenvolvimento e fomentam a corrupção, que suga a riqueza de todos e a todos empobrece, mas também da pequena corrupção que desorganiza o estado na base, bem como contribui para o desencorajamento do investimento externo, afectando a credibilidade do país.

Adalberto Costa Júnior fez este pronunciamento nas vestes de líder da Frente Patriótica Unida, projecto que congrega as forças opositoras UNITA, PRA-JA Servir Angola e o Bloco Democrático, para derrotar o MPLA nas próximas Eleições Gerais de 2022, considerando, por outro lado, que a alternância que se reclama é a que vai libertar a justiça da interferência dos instrutivos partidários, garantindo também a sua autonomia financeira e patrimonial.

“A alternância que invocamos não pode ignorar que no Sul se está a morrer hoje de fome e de sede ou que em vastas zonas do país o povo ficou mais pobre por causa da seca e não tem sementes para a época das culturas que inicia agora, e muito menos tem adubos e pesticidas subsidiados, por ausência de um governo que não sente a sua dor”, disse Adalberto, perante Representantes Institucionais, Representantes dos Partidos Políticos, Autoridades Religiosas e Tradicionais, Corpo Diplomático, Organizações da Sociedade Civil.

“Angola nossa pátria reclama por uma alternância porque ela é um imperativo nacional que nos permite a todos, juntos, melhorar o nosso país hoje sacudido pelo desespero, pelo acelerado empobrecimento da maioria dos cidadãos, pelo minguar da classe média que estava a ressurgir, pela incerteza, pela desconfiança, pela contínua degradação do tecido económico e contínua perda do peso salarial nas famílias angolanas e muito grave, por uma nova emigração, que rouba ao nosso país imensos quadros de que muito precisamos!”, continuou.

Ainda durante o discurso partilhado na sua página oficial do Facebook, o actual líder da frente patriótica, explicou que a plataforma é, na verdade, uma plataforma politica eleitoral que visa concretizar a estratégia de congregação do esforço nacional patriótico para protagonizar a alternância política pela via constitucional, pacífica e responsável, com acento na garantia da estabilidade do país e no contínuo e ininterrupto funcionamento das instituições públicas e da actividade privada.

“A formação de uma plataforma político eleitoral ad hoc que congregue os patriotas para fazer a alternância surgiu de uma visão de conjunto que nos é inspirada nos princípios fundantes desde Muangai, sufragada no XIII Congresso da UNITA, meu partido, que nos mandatou para que congregássemos esforços para protagonizarmos a alternância”, lê-se no documento.

Por Pedro Kididi