Politica
Chivukuvuku defende formato para Frente da Oposição para não ser chumbada pelo TC
O político e coordenador do projecto político PRA-JA-Servir Angola, Abel Epalanga Chivukuvuku, defendeu este domingo em entrevista a televisão portuguesa, que deve se definir um formato único para não dar possibilidade para o Tribunal Constitucional, por orientação do comité do MPLA, rejeitar a legalização da Frente Unida da Oposição, também conhecida pela “Tripartida”.
O antigo líder da CASA-CE deu, a título de exemplo, a sua destituição da presidência da coligação que fundou em 2012.
“O Tribunal Constitucional é o comité de especialidade do MPLA e isso está confirmado”, afirma o político e acrescenta que pessoalmente foi “vítima desse mesmo tribunal que legalizou a minha liderança da CASA-CE, e é o mesmo que me destituiu”.
Abel Chivukuvuku reafirmou que o TC, mesmo em tempo recorde, nem conseguiu legalizar o PRA-JA depois de ter todos os documentos legais.
Por isso, o politico disse que é preciso encontrarmos um formato “para não sermos vítimas do TC”, segundo Chivukuvuku os mentores da “Tripartida”, continuam em discussão para definir a natureza da cúpula que tem como objectivo colocar o partido no poder na oposição.
Para Abel, se for em coligação, estarão dependentes do Bureau político do MPLA por via do Tribunal Constitucional ou “vamos encontrar outro figurino que não permita o MPLA interferir e nesta altura podermos transmitir aos angolanos confiança, serenidade e mais sobretudo esperança que o futuro será melhor”, assegurou o politico.
Sobre a UNITA incorporar os demais actores políticos enquanto o partido com maior dimensão na Frente, Chivukuvuku sublinhou que todas essas hipóteses estão a ser estudadas junto de todos os membros, e que não importa a bandeira de quem poderá ser usado e nem os actores, mas, sim, a “ideia e projecto de sociedade que se deve transmitir aos cidadãos”.
