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Bengo: sociedade civil sai à rua para exigir asfaltagem da estrada de Nambuangongo

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Os membros da sociedade civil na província do Bengo convocaram uma manifestação para exigir da governação local a colocação do tapete asfáltico sobre a estrada do município de Nambuangongo.

A marcha, convocada para as 9h, do dia 9 de Janeiro de 2021 tem partida prevista na marginal da cidade de Caxito e chegada ao Largo 10 de Dezembro, onde será lido o manifesto, através do qual os organizadores vão apresentar os problemas que exigem a sua resolução durante o ano de 2021.

O coordenador do grupo da sociedade civil na província do Bengo, Jaime MC, disse ao Correio da Kianda que o município de Nambuangongo não recebe asfalto desde 1975, apesar de todos os anos o Governo provincial receber do OGE fatia que no seu entender daria para reabilitar as vias rodoviárias.

“Tem se recebido uma fatia do orçamento, ano após anos, mas mesmo assim esse dinheiro nunca serviu para reabilitar estrada ou uma outra infra-estrutura no município e na província toda”, denuncia, em justificação a razão pela qual convocaram a manifestação.

A fonte, adianta que o município de Nambuangongo possui “muitas fazendas e muitas lavras, onde fazem cultivos”, mas que encontram dificuldades para o escoamento dos produtos do campo para os centros de consumo “e acabam por se estragar por falta de vias de comunicação”.

“A província do Bengo é tida como a mais atrasada de Angola e isso nos preocupa” desabafa.

Fazendo recurso à “lei mãe”, Jaime MC disse que pretendem “exigir os mesmos direitos que os cidadãos de outras províncias do país têm, porque “na hora do voto somos todos convocados no mesmo dia para irmos votar, mas depois das eleições somos esquecidos”, reclama.

O jovem disse ainda que o município de Nambuangongo é uma região rica em madeira que é explorada “para fazer as camas e mesas desses políticos, mas que não olham para as vias onde passam os camiões que as transportam”.

Jaime MC avança ainda que a estrada, recentemente anunciada como reabilitada, não recebeu tapete em toda a sua extensão, mas “na verdade asfaltaram apenas meia dúzia de quilómetro de um troço que não liga a outras comunas”.

Acrescentou ainda ser “impossível um município ou província desenvolver sem a agricultura e a agricultura depende das vias de comunicação. Não se faz agricultura na Assembleia Nacional ou no Palácio Presidencial, mas é nas comunas”, recordou.

Segundo a fonte, há naquela região muitos produtos agrícolas a deteriorar-se por falta de vias, pois os taxistas não aceitam entrar na região para ir a busca dos produtos para levar as cidades pelo facto de as vias serem impraticáveis.

O coordenador disse ainda que a manifestação do dia 9 de Janeiro visa igualmente protestar contra o custo de vida alto, causado pela falta de vias de comunicação.

Aos cinco deputados que a província tem na Assembleia Nacional, foram dirigidas críticas por se mostrarem, na opinião do jovem, indiferentes aos problemas da região.

“Nós não podemos nos ser indiferentes aos nossos problemas. Se eles não se importam connosco nós nos importamos e estamos preocupados”, finalizou.

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