Angola que dá certo
Angola representada no Conselho Mundial de Energia
Angola conta desde a semana finda com uma representante, pela primeira vez, no Conselho Mundial de Energia (World Energy Council), um organismo que vela pelas políticas no sector da transição energética.
Trata-se da engenheira Alda Manuel é uma especialista angolana em Energias Renováveis com uma licenciatura em Elétrica e Engenharia Electrónica. Ela é Gestora de Projectos de Energia e Membro da Direcção da Associação Angolana de Energias Renováveis (ASAER), tendo anteriormente co-fundando EcoAngola, uma organização de promoção da sustentabilidade onde a mesma coordena a campanha de Energia Renovável.
A jovem engenheira é versada no envolvimento com vários stakeholders no espaço de energia e reforço da transição energética em Angola, estando envolvido num dos maiores projectos globais de hidrogénio, Global Hydrogen Diplomacy (H2 diplo) financiado pelo governo Alemão.
Os seus interesses reflectem a qualidade da educação, a igualdade de género e a energia limpa/acessível para todos, na qual está actualmente a desenvolver uma plataforma denominada Tchossi Academic para melhorar o acesso a materiais didácticos fornecendo um repositório académico aberto ao público e orientando os estudantes na área de engenharia e energias renováveis.
A organização olha para a participação activa, bem como no empenho e ansiedade dos candidatos na orientação de debates nacionais e internacionais sobre transição energética dos candidatos a selecionar para integrar o conselho em representação dos respectivos países.
Sólido interesse e experiência comprovada em energia ou energia e um curriculum que comprove a realização específica e o potencial para se tornar um líder no seu campo, implicando 3-5 anos de experiência de gestão numa área relacionada com a energia, são os requisitos tido em conta para que a engenheira angolana fosse selecionada, bem como nível avançado de inglês, e idade não superior a 32 anos de idade na altura da candidatura.
Com a sua entrada no Energy World Council, a angolana terá oportunidade de abordar a necessidade urgente de humanizar a energia, contribuir activamente para o vasto programa de actividades do Conselho e envolver-se em conversações nacionais, regionais e globais.
Segundo a engenheira, o programa é uma oportunidade única não somente em termos de desenvolvimento de carreira, mas também para promover Angola globalmente no mapa da transição energética visto que ambiciona propor projectos e procurar soluções inovadoras para uma maior neutralidade energética e climática no contexto da acessibilidade e igualdade.
Realçar que não é a primeira vez que Alda Manuel representa Angola a nível das organismos internacionais, visto que foi, recentemente, selecionada pela Nações Unidas como Delegada Jovem na Conferência dos Países menos Desenvolvidos das Nações Unidas (LDC5), onde a mesma teve o maior destaque pela sua contribuição no sector energético e promoção do empoderamento feminino nas ciências e tecnologias.
Sobre o Conselho Mundial de Energia
Formado desde 1923, o Conselho Mundial de Energia é a principal rede mundial de líderes e profissionais de transição de energia a nível mundial baseada em membros.
A organização, sem fins lucrativos, representa a única organização mundial verdadeiramente imparcial e comunidade energética tecnologicamente neutra.
O conselho conta com mais de 3.000 membros em quase 100 países, tanto do sector público como privado e pela primeira vez Angola faz parte do comité de líderes com a entrada da jovem engenheira Alda Manuel no programa Future Energy Leaders (FEL-100), Líderes globais de energia do futuro.