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800 ex-militares já trabalham na limpeza de Luanda pela cooperativa da ASCOFA

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Cerca de 800 ex-militares, filiados à Associação dos Ex-combatentes das Faplas (ASCOFA) iniciaram, nesta segunda-feira, 15, em Luanda, o processo de limpeza da cidade, em consequência do acordo que aquela associação firmou com o governo provincial, em função do rompimento do contrato que o palácio da Mutamba mantinha com as operadoras de recolha de lixo, por incumprimentos.

Os ex-combatentes, que reclamavam oportunidades de emprego para o sustento de suas famílias depois de desmobilizados da vida militar, passam assim a integrar uma cooperativa, em processo de criação, para limpar a cidade, e garantir o sustento das respectivas famílias. Os mais de 800 associados, entre ex-militares, viúvas e órfãos, foram distribuídos em várias brigadas, que actuam nos municípios e distritos da província de Luanda.

O presidente daquela associação, Caetano Marcolino, disse à imprensa que com a brigada agora constituída, a ASCOFA está pronta para os desafios que se impõem, na sua missão de “estancar definitivamente os amontoados de lixo” que se verificam na cidade, e “atacando os pequenos montinhos que vão surgindo em porta dos moradores”.

Caetano Marcolino promete, igualmente, desenvolver campanhas de limpeza aos fins-de-semana, tão logo a ASCOFA tenha todos os meios necessários, enquanto se aguarda pelo reconhecimento da brigada da ASCOFA pelo governo da província para a celebração de contratos de prestação de serviços em Luanda.

A previsão é que até o mês de Março consigam ter em posse todos os meios de trabalho para fazer face aos desafios. Além do governo provincial, a ASCOFA tem parceria com bancos comerciais aos quais pretende recorrer para um crédito com vista a aquisição de meios de trabalho.

Por enquanto, adiantou Caetano Marcolino, o governo provincial já disponibilizou cinco camiões basculantes, 150 carros-de-mão, 200 vassouras, e vários pares de uniformes e sacos de lixo.

Por sua vez, os ex-militares dizem-se prontos para o novo para combate, mas chamam atenção para outras situações que no seu entender, devem ser acauteladas, como o seguro de saúde para todos envolvidos, pois o trabalho de limpeza de lixo acarreta risco para a saúde, com maior incidência para a tuberculose.

Um desses ex-combatentes é o oficial Joaquim Somakuenji, desmobilizado em 2011, para a integrar a policia, nacional, mas que até ao momento o processo ficou por se efectivar.




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