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Mortes no Uíge – Polícia terá causado pânico e mortes.

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Uige continua a viver momentos de nostalgia, devido à tragédia que vitimou cerca de 17 pessoas, durante o jogo inaugural do Girabola ZAP entre Santa Rita de Cássia e o Recreativo do Libolo, decorrido sexta-feira, no estádio 4 de Janeiro.

Algumas famílias das vítimas decidiram realizar o funeral em separado, mas ainda assim, receberam assistência por parte do Governo local.

A UNITA, maior partido da oposição, quer comissão de inquérito para apurar responsabilidade da polícia. A UNITA pediu uma “comissão de inquérito idónea e imparcial” para investigar o que provocou pelo menos 17 mortos no estádio de futebol.

“Face à chegada de informações insistentes sobre o uso de força excessiva por parte da Polícia Nacional, a UNITA recomenda a criação de uma comissão de inquérito idónea e imparcial sobre o que realmente se passou a fim de se apurarem responsabilidades a quem as tiver”, lê-se numa nota de condolências da comissão política do partido, enviada à Lusa.

Oficialmente, as autoridades angolanas referem 17 mortos e 59 feridos no decurso do incidente à porta do estádio municipal 4 de Janeiro, no Uíge, quando decorria o jogo.

Segundo informação prestada à Lusa por fonte da equipa da casa, o Santa Rita de Cássia do Uíge, que se estreia esta época no principal campeonato angolano de futebol, o incidente terá sido provocado por um alegado forçar da entrada no estádio pelas pessoas, que causou a morte, por asfixia, de vários adeptos, incluindo crianças.

O Presidente angolano lamentou entretanto a morte dos adeptos que tentavam assistir ao jogo de futebol no Uíge, instruindo o governo provincial a dar apoio aos sinistrados e ordenando a abertura de um inquérito.

A investigação, segundo dados recolhidos pela Lusa, é coordenada pela delegação provincial do Uíge do Ministério do Interior.

O jogo inaugural do campeonato angolano de futebol, o ‘Girabola’ 2017, entre o Santa Rita de Cássia e o Recreativo do Libolo teve milhares de pessoas a tentar assistir à partida num estádio com capacidade para pouco mais de 1.000 adeptos.

O Ministério da Juventude e Desportos já solicitou à Federação Angolana de Futebol, à Associação de futebol local e às autoridades da província do Uíge que averiguem as causas do acontecimento e a tomada de medidas que se imponham necessárias.

O presidente do Santa Rita de Cássia, clube formado em agosto de 2015 e que no seguinte sagrou-se campeão da segunda divisão, carimbando assim a subida ao ‘Girabola’, responsabilizou a polícia nacional por esta tragédia. “Ocorreu um erro grave da polícia, ao deixar a população aproximar-se do campo. Muitos não queriam pagar e os que tinham bilhetes não conseguiam entrar. Depois começou a confusão. É muito triste”, explicou Pedro Nzolonzi.

Em declarações à Lusa, o líder do clube vincou que as forças de segurança deveriam ter acautelado a chegada dos adeptos. “Uíge é um povo que gosta de futebol e todo o mundo queria entrar no campo. Foi uma falha grave. A culpa disto tudo é da polícia. E era fácil evitar: era só alargar o cordão de segurança”, disse o dirigente angolano.

Situada a cerca de 300 quilómetros de Luanda, a cidade do Uíge é capital da província com o mesmo nome, no norte de Angola, na fronteira com a República Democrática do Congo.

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