Sociedade
3 de Maio: Jornalistas debatem desafios da cobertura eleitoral
O ´estado da liberdade de imprensa em Angola e os desafios da Cobertura Eleitoral´ é tema a ser debatido no dia 3 de Maio de 2022, em Luanda, em alusão ao dia internacional da liberdade de imprensa.
A partir das 9h desta terça-feira, os profissionais de jornalismo em Angola vão juntar-se no auditório das irmãs Paulinas para falar dos desafios que se avizinham.
Para animar as discussões o MISA-ANGOLA e o Sindicato de Jornalistas Angolanos convidaram o Jornalista Reginaldo Silva e o professor universitário Fernando Macedo.
No evento o MISA-ANGOLA e o Sindicato farão uma Declaração Conjunta sobre o estado da liberdade de imprensa no país e da missão de cobertura jornalística sobre as eleições de Agosto próximo.
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é celebrado no dia 3 de maio, em homenagem a Guillermo Cano Isaza, um jornalisa colombiano assassinado às ordens do conhecido traficante de drogas Pablo Escobar, em frente do prédio do jornal onde trabalhava, o El Espectador.
Nesse dia a UNESCO atribui prémio a um indivíduo, organização ou instituto que contribuiu para a defesa da liberdade de imprensa pelo mundo, mesmo enfrentando perigos.
Para este ano, o Secretário Geral da ONU, António Guterres, gravou um vídeo em que diz que os jornalistas “sublinham o papel crítico da informação confiável, verificada e universalmente acessível para salvar vidas e construir sociedades fortes e resilientes”.
Guterres disse ainda que durante a pandemia e em outras crises, incluindo a emergência climática, “jornalistas e profissionais da imprensa ajudam-nos a navegar por um cenário de informações em constante mudança”, ao mesmo tempo em que se enfrenta imprecisões e inverdades perigosas.
Em muitos países, avança o responsável, os profissionais correm grandes riscos pessoais, incluindo novas restrições, censura, abuso, assédio, detenção e até morte, simplesmente por fazerem o seu trabalho. E para ele, “a situação continua a piorar”.
Reconheceu igualmente que a pandemia da Covid-19 atingiu “duramente os meios de comunicação, ameaçando a sua própria sobrevivência”.
O chefe da ONU lembrou que “à medida que os orçamentos apertam, estreita-se também o acesso a informações confiáveis”, e citou rumores, informações falsas e opiniões extremas e divisões que surgem para “preencher este espaço”, como alguns do mal.
O secretário-geral da ONU apelou aos governos que façam tudo ao seu alcance para apoiar a liberdade, a independência e a diversidade dos mídia, por entender que “o jornalismo livre e independente” é um é aliado no combate à desinformação.
Já nos EUA o presidente Joe Biden participou, pela primeira fez, no sábado 30, do jantar dos Correspondentes da Casa Branca, com 2.500 jornalistas, onde fez um discurso, cómico, sobre o papel dos jornalistas no mundo. Não deixou de fazer um reparo sobre os prós e contra do papel da imprensa.
“Em casa, o veneno está a correr pela nossa democracia”, disse, mas “o que está claro… Vocês, a imprensa livre, importam mais do que alguma vez importaram no último século”.
“Agora podes fritar o presidente dos EUA. E, ao contrário de Moscovo, não vais para a prisão”, afirmou irónico ao devolver o microfone ao apresentador do evento depois do seu discurso, comparando a liberdade de imprensa do seu país com a hóstil Rússia.