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3 coisas que aprendi após 37 dias sem o facebook – Osvaldo Gomes

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Há muito que se diga sobre a importância das redes sociais.

Opiniões há, opostas e até radicais sobre a legitimidade das mesmas nas nossas vidas.

O Facto é que elas vieram prá ficar, já passam décadas que se tornou quase uma obrigação ter uma conta pessoal activa na internet, sob pena de sofrer alguma forma de “exclusão social” ao optar por se desligar.

Não é que a partir da segunda quinzena de agosto e a primeira de setembro decidi desativar a minha conta do facebook e, a razão principal foi a exposição excessiva de informação, o também chamado fenómeno da “sobre-informação” que na sua maioria brindava-me pouco valor prático.

Então, durante essa quarentena verifiquei os seguintes factos:

#1 Existe uma crise existencial generalizada da qual as redes sociais tomam proveito;

Vejo que há um sentimento generalizado de carência de atenção nas suas mais variadas formas. Fiquei consciente do que acontecia comigo quando tinha a necessidade de “arrastar” a minha cronologia no facebook. Era mais uma espécie de ansiedade do que razões concretas, como por exemplo, compor uma mensagem importante para um “amigo” ou colega qualquer.

O mais semelhante ao que me motivava estar longos minutos a “descer o visor” com o meu polegar direito era ao que em psicologia se chama agorafobia – que é o medo de estar em espaços abertos ou no meio de uma multidão.

Comigo, era o medo de estar perdido no espaço e no tempo.

#2 As informações que obtemos das redes sociais faz-nos pouca falta;

Tive mais tempo para recorrer aos sites oficias de notícias, e ler artigos e reportagens inteiras, e percebi que ficava melhor informado do que quando “dependia” dos posts no facebook que muitas vezes representam apenas, opiniões individuais daqueles factos noticiosos, “viciados” de imparcialidade e elaborados com a presunção que de que quem lê/assiste/ouve já esta por dentro do assunto.

#3 Por incrível que pareça, redes como o facebook, afastam-nos das pessoas;

Notei que durante este jejum, enviei mais msgs directas e telefonei mais para familiares e amigos. Percebi que os posts deles me criavam uma sensação de já estar em contacto permanente com eles.

O facto de alguém do meu ciclo mais restrito publicar uma foto no início do dia, ao almoço e a tarde era um indicador forte de que estava vivo e dispensava qualquer tipo de contacto/afeto mais pessoal e directo, o que não era verdade.

Por estas e outras lições, desenvolvi uma série de atitudes que pratico deliberadamente para usufruir o máximo que o facebook proporciona e minimizar os possíveis desvios implícitos ao seu uso.

E tu amigo que experiências boas/más podes partilhar enquanto utilizador desta grande rede social?

 

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