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15 personalidades que marcaram 2021

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Personalidades do mundo da política, música e líderes religiosos marcaram 2021, um ano cheio de factos políticos, e que captaram a atenção dos leitores do Correio da Kianda.

Para a escolha das 15 personalidades que marcaram 2021, o Correio da Kianda ouviu analistas políticos, jornalistas seniores, entidades da sociedade civil, e não só, tendo concluído que os “eleitos” marcaram o ano, para o bem ou para mal.

Eis, as 15 personalidades que marcaram 2021

1. João Lourenço

O actual Presidente da República e do MPLA-Partido no Poder, figura-se na lista dos políticos mais destacados deste ano. As razões da escolha, na óptica deste Jornal, prendem-se com a capacidade de gestão dos mais diversos problemas que em 2021, assolaram milhões de Angolanos, a começar pela fome no sul do País.

A aposta do Presidente Lourenço no sector social, nomeadamente, educação e Saúde, com inaugurações de varias unidades de saúde, com destaque para grandes hospitais, centros de hemodiálise, o Sanatório de Luanda, bem como o lançamento de concursos publico para contratação de mais profissionais de saúde e professores, mereceu o consenso dos nossos avaliadores. A resposta do Executivo liderado por João Lourenço, a fim de se conter a propagação do coronavirus mereceu igualmente o consenso dos nossos avaliadores.

É igualmente de exaltar, o pedido de perdão e desculpas públicas às vítimas e familiares de todos os conflitos armados ocorridos entre 1975 e 2002, bem como os resultados até agora alcançados no que diz respeito ao combate a corrupção.

Não há dúvidas que, o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, merece liderar esta lista.

2. Bornito de Sousa

Vice-presidente da República, Bornito de Sousa, deu exemplo de governação de proximidade, no anexo da cidade alta, como também é conhecido a sede do vice-presidente. Bornito recebeu e ouviu acadêmicos, músicos, ambientalistas, entre elas Fernanda Rene, com quem trabalhou e juntos nos fizeram entender sobre a importância dos mangais no ecossistema ambiental.

Aparentemente, tem-se a ideia de que é um dirigente “sombra”, porém, Bornito de Sousa defende a máxima de maior trabalho e pouca exposição e assim o tem feito junto de acções concretas, quer a nível de apoio aos jovens e instituições como ao nível das comissões que coordena.

3. Luísa Damião

Reconduzida no último congresso dos Camaradas,  pela sua fidelidade e lealdade ao líder do partido e simpatia que  granjeou junto da ala juvenil do seu partido, bem como a ausência das suas impressões digitais em negociatas que se tornaram hábitos entre os membros da cúpula do MPLA, Damião foi os olhos e ouvidos do lider do partido na sede dos camaradas.

Apesar do potencial da primeira mulher vice presidente da história do MPLA e de um partido político em Angola, Luísa Damião viu sua imagem ser beliscado internamente, por intriguistas que procuraram a todo custo prejudicar seu nome.

4. Fernando Miala

Odiado por uns e adorado por outros, o Director dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado, é tido como peça chave na cruzada contra a corrupção assumida pelo Presidente da Republica, João Lourenço, desde o inicio do seu mandato, em 2017, atendendo que uma das funções principais da segurança do Estado em qualquer parte do mundo é precisamente a defesa da integridade nacional. Uma cruzada que vai surtido os seus efeitos.

Recorde-se que o general Miala foi o primeiro a denunciar os desvios dos dinheiros vindos da China, no consulado do presidente José Eduardo dos Santos, quando implicou diversos governantes na altura, o que originou então a sua exoneração por alegada tentativa de golpe de Estado, acusação que nunca foi provada, mas acabou condenado a quatro anos de prisão por insubordinação.

5. Adalberto Costa Junior

Foi sem sombra de dúvidas a figura incontornável de 2021. A sua ascensão ao cargo de presidente e consequentemente a sua destituição, elevaram consideravelmente a sua popularidade junto da juventude angolana. E, reescreveu a estória do partido.

6. Isaías Samakuva

Por dois motivos, saída da direcção do Partido mas também pelo discurso pacificador e de união que proferiu no congresso da UNITA. Ninguém esperava por aquele posicionamento, Samakuva demonstrou que os partidos existem pelo povo e não pelas pessoas que integram determinado partido. Deve e merece constar desta lista.

7. Laurinda Cardoso

Contestada por líderes políticos da oposição, e alguns membro da sociedade civil e juristas que questionam a sua competência para o cargo, Laurinda Cardoso, a nova presidente do Tribunal Constitucional de Angola, que foi designado pelo Presidente da República depois de o seu antecessor Manuel Aragão ter renunciado ao cargo, entrou rapidamente para os holofotes, numa altura em que estava a conduzir, no Tribunal Constitucional, o processo que culminou com o afastamento de Adalberto da Costa Júnior da liderança da UNITA.

8. Dom Belmiro Chissengueti

Para quem não o conhece, o posicionamento que ele assume e que ganha notoriedade nas redes sociais, não constituem novidade na personalidade de dom Belmiro.

Como líder de associações juvenis dentro da igreja católica e durante a celebração de algumas missas, Dom Belmiro sempre conciliou os ditos da Bíblia com questões políticas e sociais.

Porém, a igreja nunca está dissociada de questões que afligem o país e as populações. Dom Belmiro apenas alertou a sociedade, espelhou de forma diferente o que muitos já têm vindo a fazer. E, este ano, os ditos ecoaram nas redes socias.

9. Lucas Ngonda

Lucas Ngonda, por ter sido presidente da FNLA que perdeu o cargo no último congresso, e ter aceite os resultados, permitindo assim uma transição pacífica num partido que nos habituou com turbulência nos últimos 20 anos. Tendo em conta que a qualidade da nossa democracia, também depende do nível da democratização e de tolerância nos partidos.

10. António Venâncio

Tido como aventureiro por alguns, Venancio, quebrou tabu no partido em que milita a mais de 30 anos, ao anunciar candidatura a liderança do MPLA.

Para ele terá sido o exercício de direitos que a constituição e os estatutos que o seu partido lhe conferem. Venâncio recorreu ao TC em busca de justiça sobre direitos que diz ter visto sendo atropelados contra a sua desejada candidatura. Estando numa luta com resultados previsíveis, Venâncio mantem-se fiel ao seu MPLA. Quando vai as rádios, ou escreve nas redes sociais, defende sempre o seu partido.

11. Fernanda René

Por ter colocado o tema do meio ambiente na agenda do Executivo angolano, ainda que com apoio de organizações internacionais cá presentes e sem qualquer suporte, inicialmente, do executivo angolano, a jovem foi e fez e colheu os resultados.

Apesar de pouco entendimento das pessoas, a questão da proteção dos Mangais é um tema sério. A necessidade de se reforçar a orla costeira angolana de possíveis “catástrofes” e sensibilizar as pessoas que destruir para construir, não é o melhor caminho.

12. Silvia Lutucuta

A “miss simpatia”. A ela, tiramos o chapéu e dedicamos uma vénia. Ser dirigente em Angola já constitui um desafio hercúleoso agora assumir a pasta de um dos sectores mais desafiantes e que ainda não está consolidado é, sem sombra de dúvidas uma tarefa para “mestre”. Ela tem feito um grande trabalho a nível do seu sector e, como bónus, num período pandémico, tem sabido enfrentar com garra os desafios impostos pela COVID. Têm uma equipa sólida, merece todo o tributo do mundo.

13. Matias Damásio

Único músico na lista, foi o exemplo vivo de “Bestial a Besta”. Ou seja, apanhando no vendaval de que um artista não pode ter filiações partidárias.

Já foi o artista mais querido, continua a ser o artista com bastante reconhecimento a nível nacional e internacional porém, não caiu na graça de um grupo “restrito” de fazedores de opinião. É a figura do ano por ter estado na boca das pessoas pelas piores razões. Mas mantém-se vertical e focado no seu objectivo.

14. Grupo Nova Rações

Diante de muitas discussões em torno do problema da fome e da pobreza, numa lógica de que o Executivo tudo tem de dar e fazer, o grupo Nova Rações, constituído por angolanos e actua essencialmente pelo inteiro do país, conseguiu “abrir os olhos” do executivo e apontar soluções.

Que a agricultura familiar, a exemplo do que já se fazia na era colonial, é uma solução viável sim. Não basta fornecer os “kits” agrícolas, as famílias tradicionalmente agrícolas, precisam mais do que isso.

O estado não pode e nem deve ser ele a fazer tudo, mas contar com parceiros que apontem soluções e coloquem a mão na massa. E, no último mês do ano, no Huambo, foi inaugurada a casa do agricultor. Focada no apoio às famílias daquela região que “morrem de fome” quando há terras disponíveis para serem trabalhadas.

15. Major Pedro Lussati

O homem de quem mais se falou do ano, e pelas piores razões, tido como o major mais rico do mundo, fruto da desorganização e corrupção que se instalou na casa de Segurança do Presidente da Repúblico, de onde o major funcionava como o  ‘maestro’ do desvio de fundos públicos, e terá conseguido desviar mais de um bilião de dólares, para além de ter acumulado em suas luxosas residências 19 malas com dinheiro (mais de 10 milhões de dólares, acima de 700 mil euros e mais de 800 milhões de kwanzas); duas dezenas de relógios de luxo (revestidos com diamantes e ouro rosa); mais de 15 viaturas top de gama, uma das quais, um Lexus, equipado com um bar e cadeiras reclináveis, bem como 45 imóveis registados em seu nome (casas e apartamentos nos melhores condomínios de Luanda, incluindo uma penthouse), cinco apartamentos em Lisboa e um na Namíbia; dois iates de luxo; grandes extensões de terreno em Talatona e Benfica.

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2 Comentários

1 Comentário

  1. Angolano

    03/01/2022 em 1:06 pm

    Eu gostava deste jornal, mais com esta lista acabou por monstrar que tudo que se diz é verdade ja estõ vendidos, até o B.S é figura relevante? Só Jesus na causa!..

  2. Mário Pascoal

    01/02/2022 em 2:10 pm

    eu descarto muito categoricamente, essa classificação é uma autentica mentira.

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