Sociedade
15 anos depois, Maternidade Lucrécia Paim reabre bloco operatório
O bloco operatório da Maternidade Lucrécia Paim, com cinco salas de cirurgias e uma capacidade para dez camas, foi reaberto hoje (sábado), em Luanda, com a inauguração das suas instalações após 15 anos inoperante por carência de equipamentos.
Inaugurada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, em representação do Presidente da República, João Lourenço, o bloco operatório está equipado com meios modernos e obedece os padrões e as normas hospitalares.
Ao intervir na cerimónia, a governante apelou aos funcionários da maternidade a trabalharem mais na melhoria dos cuidados primários nos serviços de saúde e de forma humanizada.
O bloco operatório ganhou o nome de “Maria do Rosário Rita”. É uma homenagem a uma especialista em ginecologia e obstetrícia que trabalhou nesta unidade de 1942 a 2002.
Até a data da inauguração do bloco operatório, os profissionais funcionavam numa área adaptada da maternidade.
Na sequência, foram entregues três ambulâncias para a Maternidade Lucrécia Paim, duas completamente equipadas para realizar partos durante o transporte da parturiente para as unidades hospitalares.
Entretanto, a directora clínica da Maternidade Lucrécia Paim, Manuela Sotto Maior, ao falar de alguns problemas com que se debate a instituição, focou a situação da sobrelotação nas salas de parto e internamento e o elevado número de doentes que aí acorrem.
Para pôr cobro a sobrelotação, Manuela Sotto Maior defende que a rede periférica das unidades hospitalares (salas de parto) beneficiem também de melhorias no apetrechamento.
Neste momento, a maternidade, na sua generalidade, funciona com 300 enfermeiras e 50 médicos que, segundo Manuela Sotto Maior, são insuficientes, atendendo ao número de partos realizados diariamente na unidade. A média é de 80 por dia.
Estão internados na unidade hospitalar 500 doentes, entre mulheres e crianças, de acordo com a médica.